Esta antevisão foi transmitida aos jornalistas por Carlos César no final da reunião semanal da bancada socialista, na Assembleia da República, em Lisboa, depois de questionado como encara a evolução política parlamentar, a partir de janeiro, até ao final da legislatura.
“Este é o último ano da legislatura e, particularmente, um ano que é marcado pela existência de vários atos eleitorais: Assembleia Legislativa da Madeira, Parlamento Europeu e legislativas. Portanto, é um ano em que se espera, digamos, uma maior capacidade e disponibilidade por parte dos partidos para evidenciarem as suas diferenças e, daí, resulta, naturalmente, um acréscimo da tensão política e do debate político”, reagiu o líder da bancada socialista.
Para Carlos César, o primeiro semestre de 2019 “será muito marcado pela diferenciação entre os partidos políticos”, mas deixou uma ressalva: “Uma coisa é o debate, a crispação, outra coisa é algo que no parlamento nunca deve exceder essa manifestação de diferença”.
“Creio que a Assembleia da República nunca esteve muito perto dos limites da civilidade”, acentuou.
Interrogado se esse ambiente de crispação vai impedir consensos em torno de diplomas que se encontram pendentes na Assembleia da República, o presidente do Grupo Parlamentar do PS referiu que há um conjunto de diplomas considerados estruturantes “e com conteúdo reformista, casos das leis de bases da habitação ou da saúde, que, pela sua própria natureza, implicam um consenso alargado”.
“Se esse consenso não existir essas leis de bases não serão certamente aprovadas. Julgamos importante que esta legislatura seja também marcada por uma manifestação de disponibilidade [para acordos] – e julgo que isso vai acontecer”, acrescentou.
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