O texto, cujo primeiro subscritor é o deputado Nuno Fazenda, recomenda ao executivo que, "no quadro das grandes prioridades da Estratégia Turismo 2027, adote um Plano de Ação de Apoio e Relançamento do Turismo em Portugal para o período 2020-2021, que contemple um conjunto de medidas integradas de resposta aos impactos do COVID-19 sobre o setor do Turismo, reforçando a ação no imediato e, ao mesmo tempo, preparando o futuro do setor".

Os socialistas querem que o executivo que apoiam "crie e reforce linhas de apoio às empresas, com incentivos a fundo perdido que permitam apoiá-las, nomeadamente, na adaptação às novas exigências do cliente, na adoção de planos sanitários, na inovação e a criatividade, na sustentabilidade ambiental, na comercialização e comunicação e digitalização/automação de processos".

Entre as 18 medidas recomendadas estão também um pedido para que o Governo "estenda e implemente, com as devidas adaptações e em articulação com as entidades competentes, o âmbito e os objetivos do selo “Clean & Safe”, promovido pelo Turismo de Portugal, a outras áreas que integram a atividade turística", bem como "o reforço da atratividade e a promoção dos territórios do interior, enquanto destinos de maior contacto com a natureza e com menor densidade populacional e turística, em articulação com as entidades regionais de turismo".

Outra recomendação visa que o turismo interno seja assumido "como a primeira prioridade para alavancar o arranque da atividade turística nacional", devendo para o efeito ser desenvolvida uma "Campanha promocional para o Turismo interno, seja para as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, seja para o território do continente, através do Turismo de Portugal, I.P, convidando os portugueses a visitar o melhor Destino turístico do Mundo – Portugal".

Como "segunda prioridade", e se houver condições, nomeadamente de mobilidade, "recomenda-se que o Governo promova Portugal no chamado “Mercado da Saudade” junto de emigrantes que ficaram “privados” de visitar as suas terras e as suas famílias durante o período de grandes restrições à circulação, e também que "reforce o apoio às Entidades Regionais de Turismo para adoção de iniciativas de promoção turística no mercado interno e, logo que possível, também no mercado interno alargado (Espanha)".

"Para o pós-Covid-19, o diploma recomenda ainda ao Governo que "prepare uma estratégia de promoção turística internacional e de captação de rotas aéreas e de operações turísticas para todo o país" e também que assegure que "o próximo quadro comunitário 2021-2027 contempla medidas e dotações específicas de apoio ao turismo, contemplando, tanto quanto possível, uma maior intensidade no apoio às empresas, especialmente na fase inicial do quadro comunitário", refere ainda o texto do Grupo Parlamentar socialista.