Catarina Martins afirmou que "há demasiados anos que falta investimento" em Portugal e sublinhou que "este é o teste da esquerda", salientando que "é na timidez do PS que as direitas apostam".

A porta-voz do PS, Maria Antónia Almeida Santos, declarou à agência Lusa que ouviu "com satisfação a intervenção" da coordenadora do BE, "porque, principalmente, reforçou os resultados positivos" que o Governo de António Costa "tem conquistado".

"Respeitamos os parceiros, obviamente, mas, de facto, o Governo é do PS e percebemos que é a única força capaz de liderar um Governo verdadeiramente progressista em Portugal e que não podemos de forma alguma desperdiçar os resultados positivos que temos conseguido", sublinhou.

Maria António Almeida Santos lembrou que "tem sido possível aumentar o investimento público, tanto na saúde como noutras áreas", vincando que o Governo socialista, com base de apoio parlamentar, tem de "continuar a investir", com o "cumprimento das metas".

"Durante anos, andámos a discutir a derrapagem do défice e este é, de facto, o primeiro Governo que, em todos os anos, tem cumprido as metas e o cumprimento das metas tem permitido devolver os rendimentos e repor direitos", salientou.

A porta-voz do PS sustentou que "a política orçamental tem permitido poupar milhões de euros em juros e uma trajetória sustentada até agora, que permitiu o aumento dos rendimentos das famílias e, desde logo, a reposição dos direitos".

"Provámos que é possível com esse cumprimento, de que já beneficiámos bastante. Desde logo, saímos do procedimento por défice excessivo e também permitiu que o 'rating' da dívida da República subisse. E isso tem permitido que possamos gerir os fundos de outra maneira, dar maior credibilidade também nos mercados", frisou.

No entender de Maria Antónia Almeida Santos, que deixou expresso o respeito do PS por "todos os parceiros", as afirmações de Catarina Martins assinalaram "os bons resultados que este Governo tem conseguido".

A socialista assumiu que "a questão da Europa é uma divergência" que existe entre o PS e o BE e reiterou que o executivo tem "uma meta que é o rigor, o cumprimento das metas".

"Disso não vamos prescindir, porque temos conseguido bons resultados e beneficiamos com esse cumprimento", afirmou, acrescentando que não antevê que a discussão do Orçamento de Estado do 2019 possa ser afetada.

O PS recordou que "o BE tem participado ativamente na discussão" dos últimos três orçamentos e enfatizou que tal permitiu "obter bons resultados".

Por isso, Maria Antónia Almeida Santos revelou "confiança que, neste próximo Orçamento, as negociações possam ocorrer também da melhor forma, como têm corrido".

A porta-voz do PS declarou que "seria pena que se invertesse este caminho, que tão bons resultados tem dado", exemplificando com "as contribuições para a Segurança Social, que também continuam a crescer a um ritmo elevado" e com "o combate à precariedade".

"Nunca tivemos uma taxa de desemprego em 6,8%, mantém-se a mesma taxa registada em junho. São assim as taxas mais baixas desde setembro de 2002. A dinâmica de criação de emprego continua muito elevada e tem de continuar. Este Governo já conseguiu a criação de 321 mil postos de trabalho nesta legislatura e é para continuar", disse.

Maria António Almeida Santos concluiu que "Portugal está claramente em grande ascensão", em resultado deste “cumprimento e das metas".