Segundo informação adiantada à agência Lusa por fonte do partido, na reunião deste órgão máximo entre congressos, que vai decorrer no Convento de São Francisco, em Coimbra, haverá uma intervenção do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que deverá ser fechada à comunicação social.
Da agenda desta Comissão Nacional do PS faz parte a análise da situação política bem como a apreciação e votação do Relatório e Contas de 2023.
A reunião acontece na semana em que o Governo se reuniu na Assembleia da República com os partidos com assento parlamentar sobre o orçamento para 2025, sendo expectável que as intervenções dos dirigentes socialistas sejam muito focadas neste tema.
Na quinta-feira, dois dias depois dessa reunião, Pedro Nuno Santos disse esperar que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, esteja presente na próxima reunião com o PS sobre Orçamento do Estado por considerar “muito importante” que ambos os líderes “se comprometam com a negociação” do documento.
Nas mesmas declarações, feitas durante uma visita a uma escola para assinalar a abertura do ano escolar, o líder do PS avisou também avisou que nunca existirá um “meio caminho” na negociação com o Governo sobre o IRS Jovem e o IRC, alegando que são “medidas erradas” que “não podem constar” no próximo orçamento.
Na véspera, o ministro da Presidência disse que o Governo estava “à espera das propostas do PS” para prosseguir as negociações orçamentais.
“Nós estamos à espera, o PS pediu tempo – tempo que ainda não passou – pediu tempo para preparar ou apresentar propostas, nós estamos à espera do PS e das propostas do PS, tal como outros partidos nos disseram que fariam chegar documentos escritos”, afirmou.
A líder parlamentar socialista tinha dito nesse dia que o PS estava a aguardar o contacto do Governo para uma nova reunião sobre o orçamento e que só nesse encontro serão apresentadas propostas, assegurando que o partido mantém a mesma postura de diálogo e abertura desde julho.
Sobre o facto de o ministro Pedro Duarte ter dito que “a bola estava do lado do PS”, Alexandra Leitão reiterou que aquilo que ficou acordado foi que o PS em cerca de 48 horas estaria preparado e a partir daí aguardava “um convite para uma nova reunião”.
Alexandra Leitão respondeu aos jornalistas que sem essa marcação o PS não vai enviar propostas porque “não foi isso que ficou combinado nem entendido nem subentendido”.
O primeiro-ministro afirmou na quarta-feira que os portugueses esperam que, na política como no desporto, “todos estejam a remar para o mesmo lado e a pedalar para a mesma meta”, que passa por ter um Orçamento do Estado para 2025 aprovado.
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