Numa pergunta hoje dirigida ao ministro das Finanças, o grupo parlamentar do PSD quer saber se a criação de uma estrutura de missão para monitorizar o programa orçamental de Saúde é “mais uma demonstração de como o Ministério da Saúde perdeu a sua autonomia e está dependente do Ministério das Finanças”.
Para o PSD, a criação daquela estrutura de missão, colocada na dependência dos dois ministros, é “uma inaceitável situação de dependência e subalternização do Ministério da Saúde face ao Ministério das Finanças”.
“Tão ou mais grave, ao reduzir a autonomia do Ministério da Saúde, esta nova estrutura de missão erigir-se-á enquanto fator potenciador da ineficiência na gestão do SNS”, escrevem os sociais-democratas.
Para o PSD, a situação das dívidas do SNS é “um autêntico descalabro”, não sendo por isso surpreendente que o próprio ministro da Saúde tenha admitido no fim de fevereiro no parlamento a existência de “uma quantidade significativa” de hospitais em falência técnica.
Contudo, na altura em que o ministro Adalberto Campos Fernandes fez esta declaração no parlamento nenhum deputado o questionou diretamente sobre o assunto.
O grupo parlamentar do PSD sublinha ainda que se multiplicam no país “situações de colapso nos hospitais do SNS”, o que consideram que se deve em grande parte à “asfixia financeira” que as Finanças estão a impor à Saúde.
O PSD aproveita também para questionar o Governo sobre “o não cumprimento do compromisso” de fazer um reforço de tesouraria nos hospitais de 400 milhões de euros até final de dezembro do ano passado e de proceder a um aumento do capital de 500 milhões de euros nos hospitais EPE.
“Qual é o novo prazo que o Governo assume?”, pergunta o PSD.
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