“O CDS e o PSD têm uma história de bom relacionamento feita já de muitos momentos que sedimentam uma boa relação”, destacou Assunção Cristas, em Évora, depois de uma visita às fábricas da construtora aeronáutica brasileira Embraer existentes na cidade alentejana.
Questionada pelos jornalistas sobre as eleições de sábado que vão decidir o novo presidente social-democrata, disputadas entre Pedro Santana Lopes e Rui Rio, Assunção Cristas manifestou o desejo de que, “qualquer que seja o novo líder do PSD”, os dois partidos “possam continuar a escrever essa história” comum e “a concretizar essa boa relação”.
A presidente do CDS-PP não quis ainda pronunciar-se sobre se, para o seu partido, é preferível algum dos dois candidatos na liderança social-democrata: “Têm-me feito muitas vezes essa pergunta e eu, genuinamente, só posso dizer que nem sequer a sei responder”.
“Pertencemos a gerações diferentes, nunca me cruzei abundantemente com nenhum dos candidatos, mas também não creio que isso seja relevante. O que é importante é que o PSD tome a sua decisão, que os militantes do PSD façam a sua escolha”, limitou-se a afirmar.
Mais de 70 mil militantes do PSD vão poder escolher, no sábado, nas eleições diretas disputadas entre Pedro Santana Lopes e Rui Rio, o próximo presidente social-democrata e sucessor de Pedro Passos Coelho.
Acompanhada por outros elementos do partido, nomeadamente da estrutura local e distrital de Évora, a líder do CDS-PP esteve reunida com o presidente da Embraer Portugal e diretor das fábricas de Évora, Paulo Marchioto.
No final da reunião, apontou o projeto da construtora aeronáutica brasileira em Portugal como “um caso de sucesso de investimento direto estrangeiro” no país.
Lembrando que “a ligação da Embraer a Portugal começou em 2004, com a privatização das OGMA”, Assunção Cristas destacou o investimento da empresa em Évora, que permitiu à cidade e ao país ganharem “um capital de excelência, de desenvolvimento, de conhecimentos e de pioneirismo a nível mundial”.
Trata-se de um investimento, frisou, “com mão-de-obra qualificada, com projetos de médio e de longo prazo, com uma ligação forte, quer à formação profissional, quer às universidades”.
“É, de facto, um exemplo daquilo que devemos ambicionar para o nosso país, dar condições para que empresas de fora vejam aqui em Portugal oportunidades para investirem, para criarem valor, para criarem emprego qualificado e para desenvolverem aqui os seus projetos de investigação e de conhecimento”, argumentou.
A Embraer tem duas fábricas em Évora – de componentes metálicos e de materiais compósitos -, resultantes de um investimento inicial de cerca de 180 milhões de euros, assim como um centro de engenharia e tecnologia.
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