“Venho aqui por duas razões muito simples. Uma afetiva e outra política. Uma razão afetiva porque é a minha família política e eu já estive em congressos anteriores com Luis Montenegro, com Rui Rio e, portanto, sempre que pude vim aos congressos (…) e uma razão de natureza política. Eu venho aqui especialmente para dar um abraço a todo o partido mas sobretudo a Luis Montenegro”, disse Luis Marques Mendes, à chegada ao 42.º Congresso do PSD, que está a decorrer em Braga.

Sobre se vai ou não candidatar-se à Presidência da República, Marques Mendes responde ao SAPO24 "está tudo em aberto". O ex-presidente do PSD tem vindo a mudar a sua posição em relação a esta matéria e, em dois anos, deixou de negar a hipótese em absoluto para passar para um talvez.

“Mas quero sublinhar que a candidatura presidencial é uma decisão individual, às vezes quase solitária, e sobre essa matéria eu falarei, sem dúvida, quando tomar uma decisão em 2025”, apontou.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou em entrevista à SIC que Marques Mendes "encaixa bem no perfil que está na minha moção de estratégia e que será apreciada no próximo Congresso. Não é o único, mas é um daqueles que encaixa melhor nesse perfil”, afirmou.

Luís Marques Mendes, que recebeu alguns aplausos quando foi anunciada a sua presença na sala, salientou ainda que esta semana “foi uma semana histórica” por se ter evitado uma crise política com o anúncio da intensão do PS de abster na votação do Orçamento do Estado.

“Evitou-se uma crise política para Portugal e estão de parabéns os dois líderes políticos que fundamentalmente tiveram responsabilidade nesta matéria. Luis Montenegro, que teve uma grande vitória, e Pedro Nuno Santos que mostrou grande sentido de responsabilidade. E porque é que este momento é histórico? Se tivéssemos uma crise política eu acho que toda a gente ia sair mal nesta fotografia, os políticos, os partidos, o sistema democrático e a instituições”, disse.

O também ex-líder da bancada do PSD na Assembleia da República disse ainda que não vai discursar no congresso: “Acho que intervir é para quem está na vida política ativa”.

O 42.º Congresso Nacional do PSD decorre hoje e domingo, em Braga.

*Com Lusa