“É um erro crasso sobre aquilo que deveria ser a ADSE e o que me choca é que acaba por ser um Governo apoiado por todas as esquerdas parlamentares a apoiar que seja o Estado que continue a financiar o setor privado da saúde, porque, na realidade, a ADSE é responsável por entre 20 e 30% da faturação dos prestadores de cuidados de saúde privados no país”, afirmou o deputado do PSD Ricardo Batista Leite, da Comissão Parlamentar de Saúde.
Para o deputado, o "Estado controlador” continua a dominar o processo e a “continuar a permitir que o dinheiro que entra nos cofres do Estado continue a alimentar o negócio do setor privado”.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou na terça-feira que a ADSE vai ser um instituto público de gestão participada, com participação dos beneficiários, e que terá uma dupla tutela, dos ministérios da Saúde e das Finanças.
“É uma cegueira ideológica e que no final do dia é o próprio Estado a alimentar o negócio do privado”, acrescentou o deputado.
Segundo o ministro, a ADSE será um instituto público de gestão participada, o que permite preparar uma evolução, para uma eventual solução de maior autonomia, para uma associação mutualista de interesse público.
Comentários