Em comunicado, os sociais-democratas afirmam que o primeiro-ministro salientou que, entre 2015 e 2017, “a percentagem de utentes sem médico de família havia sido reduzida em 50%”, omitindo “o facto que desde dezembro” esse número “tenha aumentado 20%”.
O PSD, citando dados recolhidos no portal do Serviço Nacional de Saúde, relata que “existem mais de 90 mil utentes sem médico de família” em Lisboa, o que corresponde a 15% do número total de utentes inscritos.
Isto significa que, na capital, em cada 100 utentes, 15 não têm médico de família.
O partido defende ainda que “a percentagem de utentes sem médico de família em Lisboa é 50% superior à percentagem nacional, que é inferior a 10%”, considerando que “o acesso dos lisboetas aos cuidados de saúde primários é deficiente e pior que no resto do país”.
Assim, tendo em conta que mais de 90 mil utentes não têm médico e que o rácio recomendado é de 1850 utentes por profissional, o PSD de Lisboa conclui que a capital precisa de mais 50 médicos de família e alerta que a situação se deverá agravar “com mais de 100 médicos de família a reformarem-se nos próximos três anos por atingirem os 66 anos”.
Os sociais-democratas pedem que António Costa “reponha a verdade relativa ao número de portugueses sem médico de família”, que sejam contratados 50 novos médicos para a capital e que o “Ministério da Saúde e a Câmara Municipal de Lisboa prestem contas aos lisboetas relativas à construção dos 14 novos centros de saúde a construir em Lisboa, prometidos na campanha eleitoral para as últimas eleições autárquicas”.
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