"O senhor primeiro-ministro perdeu, mais uma vez, uma oportunidade de demonstrar ser ainda capaz de fazer aquilo que é preciso fazer em Portugal", disse Hugo Soares, destacando que "a maioria está esgotada nela própria e há só um objetivo de António Costa, a sua manutenção do poder".
O líder parlamentar do PSD, que reagia em Viana do Castelo à mensagem de Natal de António Costa, adiantou que o primeiro-ministro "não foi capaz de trazer nada de novo ao discurso político".
"Faltam dois anos para as eleições legislativas e aquilo que aparenta é que este Governo já não é capaz de apresentar nada mais às portuguesas e aos portugueses que não seja uma governação à vista, de gestão do dia-a-dia mesmo quando o Governo e o Estado falham aos que mais precisam como aconteceu neste ano", sustentou.
Criticando a ausência de ideias para futuro, Hugo Soares lamentou ainda que o executivo socialista não consiga “aproveitar, com ambição, a conjuntura internacional".
"O primeiro-ministro desperdiça a oportunidade para falar de educação, para apresentar um conjunto de reformas estruturais para a segunda parte da legislatura que possa aproveitar a extremamente favorável conjuntura internacional que Portugal deve acompanhar. Não tem uma palavra sobre as reformas necessárias no setor da saúde e na ligação das universidades às empresas", especificou.
Hugo Soares acusou também António Costa de "chegar sempre tarde à resolução dos problemas" e de liderar "um Governo de muita conversa, que apresenta ao país um conjunto de intenções que nunca é capaz de concretizar".
O primeiro-ministro afirmou segunda-feira, na tradicional mensagem de Natal, que a prioridade do Governo em 2018 será "mais e melhor" emprego e prometeu, "naquilo que é humanamente possível", total empenhamento para evitar novas tragédias com incêndios.
Sobre este ponto, Hugo Soares sublinhou que António Costa "acordou tarde perante um falhanço do Estado e do seu Governo" e que o que tem sido feito até agora "não chega".
"Além de ter acordado tarde, o primeiro-ministro demonstra uma total incapacidade de responder às pessoas. Seis meses depois dos acontecimentos trágicos do ano 2017, as famílias ainda não foram indemnizadas e o Governo não teve, sequer, a sensibilidade, diria que é mais do que a sensibilidade, a obrigação de isentar de impostos as pessoas que perderam as suas casas nos incêndios trágicos de 2017", realçou.
O líder parlamentar do PSD considerou igualmente que a mensagem de Natal que António Costa dirigiu ao país teria sido "uma excelente oportunidade" para o primeiro-ministro "dar a mão à palmatória e anunciar uma medida com um grau de justeza” que podia ser aplicada pelo executivo, referindo-se à isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
"Há ainda muitas casas por reconstruir e quase nenhuma foi reconstruída com dinheiro do Estado. Tem sido, sobretudo, a iniciativa solidária dos portugueses que têm acudido às pessoas daqueles territórios e o Governo continua a cobrar impostos a património que já não existe", sublinhou.
"Governar é, também, escolher as políticas públicas necessárias nos momentos de maiores dificuldades e, nesses momentos, o senhor primeiro-ministro tem, constantemente, desaparecido ao país", referiu.
(Notícia atualizada às 13h19)
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