Segundo o gabinete de imprensa do PSD, haverá uma pausa nos trabalhos, que decorrem num hotel do Porto, cerca das 21:00 para jantar, e não está ainda definido se a votação da moção de confiança à direção de Rui Rio será feita apenas no final ou se será pré-definida uma hora.

Se todos os inscritos falarem, dá um total de 375 minutos, ou seja, mais de seis horas, sem contar com a votação, que promete ser antecedida pela polémica sobre o método – braço no ar ou voto secreto.

Ao contrário do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, que faltou ao Conselho de Estado para estar presente na reunião do Porto, o antigo líder do PSD Francisco Pinto Balsemão não o fez e enviou uma mensagem aos conselheiros.

Numa mensagem dirigida ao presidente da Mesa do Conselho Nacional, Paulo Mota Pinto, o militante número um do PSD justificou que a reunião do Conselho de Estado tinha sido “convocada há semanas” pelo Presidente da República.

“Solicito a Vossa Excelência que dê conhecimento ao Conselho Nacional das razões da minha ausência e, se assim o entender, informe os senhores conselheiros que, se pudesse estar presente, o meu voto seria, sem dúvidas, nem reticências, nem secretismos, favorável à moção de confiança apresentada pela Comissão Política Nacional”, afirmou.

O Conselho Nacional do PSD está hoje reunido desde as 17:30 para debater e votar uma moção de confiança política à direção, apresentada pelo presidente do partido, Rui Rio, depois de o antigo líder parlamentar Luís Montenegro ter desafiado o líder a convocar diretas.

Rio rejeitou o repto de antecipar as eleições – completou no domingo metade do seu mandato, um ano – mas pediu ao órgão máximo do partido entre Congressos que renovasse a confiança na sua Comissão Política Nacional.

De acordo com os estatutos do PSD, “as moções de confiança são apresentadas pelas Comissões Políticas e a sua rejeição implica a demissão do órgão apresentante”.