“Sai daqui uma clarificação e o partido estará seguramente mais unido. Se me perguntar a minha opinião, eu penso que sim, que a moção de confiança passará", defendeu Morais Sarmento, à entrada para o Conselho Nacional do PSD, que decorre num hotel no Porto, depois de uma pausa nos trabalhos para jantar.

O dirigente do PSD admitiu, contudo, que o partido cometeu erros, o que "é normal", mas garantiu que os sociais-democratas estão ali para os corrigir.

Para Morais Sarmento, o PSD ainda pode vencer as legislativas.

Questionado sobre a sua posição quando à forma de votação da moção de confiança à direção de Rui Rio - voto secreto, braço no ar ou até nominal - o vice-presidente do PSD escusou-se a responder, sublinhando que nunca, durante os últimos dias, falou sobre o tema.

"Não me ouviu, nem ouvirão porque não quis falar sobre estas questões. Tive cuidado de guardar tudo para aqui", afirmou.

Já sobre a intervenção de Rui Rio no início do Conselho Nacional, Morais Sarmento disse que foi um discurso firme, claro e objetivo, rejeitando fazer qualquer outro comentário.

"Aquilo que importará é os portugueses saberem qual é que é a vida futura do PSD e essa será a partir de amanhã uma vida de maior unidade, de maior empenhamento na afirmação de uma alternativa ao partido socialista e ao Governo das esquerdas", defendeu.

O Conselho Nacional do PSD está reunido desde as 17:00 para debater e votar uma moção de confiança política à direção, apresentada pelo presidente do partido, depois de o antigo líder parlamentar Luís Montenegro ter desafiado Rui Rio a convocar diretas.

Rio rejeitou o repto de antecipar as eleições – completou no domingo metade do seu mandato, um ano – mas pediu ao órgão máximo do partido entre Congressos que renovasse a confiança na sua Comissão Política Nacional.

De acordo com os estatutos do PSD, “as moções de confiança são apresentadas pelas Comissões Políticas e a sua rejeição implica a demissão do órgão apresentante”.