"Posso ser criticado por muitas coisas - e isso é natural em democracia, nós temos de estar sujeitos ao escrutínio e à crítica -, mas não me parece que se aplique muito a crítica que às vezes ouço de que estamos a mudar o discurso e andamos a ver as coisas de outra maneira. Eu acho que estou razoavelmente a avaliar as coisas de forma muito parecida com aquela que tinha há um ano, e há dois e há três", frisou.
Na sexta-feira, em Santarém, o secretário-geral do PS, António Costa, acusou a oposição de "andar perdida" e de ter arranjado "um novo discurso" quando percebeu que o "diabo" que havia anunciado "não veio, não está para vir e não vai vir".
"Como o diabo não veio, tiveram que arranjar um novo discurso e, então, agora o novo discurso é absolutamente extraordinário: ‘não, o diabo não veio porque eles afinal limitaram-se a dar continuidade àquilo que nós estávamos a fazer’", disse António Costa.
Hoje, na resposta, Passos Coelho contrapôs que o PSD tem sido "muito consistente e, até, coerente" no seu discurso.
"Não dizemos na oposição uma coisa diferente do que dizíamos quando estávamos no Governo", enfatizou.
O líder do PSD disse que o partido continua a defender a necessidade de "reformas importantes" para assegurar um crescimento sustentável da economia.
"Se eu lá estivesse [no governo], era o que seu estaria a fazer: a avaliar as reformas que já tinha feito e a lançar uma segunda leva de reformas que permitisse olhar para o futuro com outra confiança", rematou.
Passos Coelho passou hoje do dia no distrito de Viana do Castelo, tendo visitado de manhã as Termas de Melgaço e de tarde a Santa Casa da Misericórdia de Ponte da Barca.
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