“Mais uma vez ouvi o problema e mais uma vez o Governo insiste que as coisas estão a correr bem, mas, afinal, não estão e têm de ser resolvidas”, afirmou hoje à agência Lusa o parlamentar social-democrata, na sequência de uma pergunta dirigida ao Ministério da Educação sobre a falta de assistentes operacionais nas escolas.
Costa da Silva, que também é vereador da oposição na Câmara de Évora, citou o presidente do município, Carlos Pinto de Sá (CDU), no seu discurso de tomada de posse, indicando que estão em falta 42 assistentes operacionais nas escolas do concelho.
“Para um Governo que diz que o ano letivo começou dentro da normalidade, ora aí está a demonstração cabal que as coisas não estão normais”, disse, salientando que continuam a existir “problemas muito graves que podem ter reflexo ao nível da segurança das crianças”.
Segundo o parlamentar social-democrata, "a informação que foi dada pelo presidente [da câmara] é que parece que as coisas estão presas no Ministério das Finanças há muito tempo”, tendo lamentado que o Governo não cumpra o que prometeu.
“O Ministério da Educação diz que quer resolver e o Ministério das Finanças diz que não resolve, mas o problema são as crianças que estão numa situação fragilizada e que não têm os mesmos direitos que outras têm”, sustentou.
O também vereador assinalou que já tinha enviado uma pergunta ao ministro da Educação no ano passado sobre a falta de assistentes operacionais no agrupamento n.º 4 de Évora, cuja sede é a Escola Secundária André de Gouveia.
“Daí, o reforço de pedir esclarecimentos ao Governo”, realçou, indicando que o Executivo socialista tem respondido às suas perguntas de “uma forma muito generalizada” de que “está a tratar e vai resolver” os problemas.
“Passou um ano e tal e as coisas estão como estão. Está tudo na mesma. No caso de Évora, são 42 assistentes operacionais em falta, mas é também uma situação que não é só de Évora e que continua a existir no distrito inteiro”, acrescentou.
Na pergunta, dirigida ao ministro da Educação e subscrita por outros deputados “laranjas”, o PSD questiona sobre que diligências estão a ser tomadas com o objetivo de corrigir esta situação e, se sim, qual o prazo definido pela tutela.
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