Na pergunta dirigida aos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Educação, os deputados sociais-democratas José Cesário, Carlos Gonçalves e Carlos Páscoa frisam que "não se compreende que tal possibilidade se possa concretizar em 2020 e não já, como pretendem os professores em causa".

Os deputados referem que receberam informação do Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas (SPCL) que "o Governo terá decidido manter os professores da rede do Ensino Português no Estrangeiro na 3.ª opção dos concursos nacionais", num "ofício em que é comunicada expressamente a hipótese da inclusão destes professores na 2.ª opção de tais concursos futuramente, a partir de 2020".

Os parlamentares sociais-democratas sustentam que essa hipótese em 2020 lançada pelo executivo, liderado pelo socialista António Costa, "configura uma promessa pré-eleitoral puramente demagógica".

Pretendendo saber as "reais razões que impossibilitam a integração dos professores no estrangeiro na 2.ª prioridade dos concursos nacionais dos ensino básico e secundário", os deputados do PSD vincaram que uma "decisão [quanto à prioridade] é muito importante para a estabilidade profissional destes docentes, num momento em que este setor se encontra cada vez mais diversificado e credibilizado depois das medidas tomadas há alguns anos".

O SPCL defende há vários anos a possibilidade de os professores do Ensino de Português no Estrangeiro serem colocados em primeira prioridade, direito perdido desde 2011.

Um ano antes, a tutela do Ensino de Português no Estrangeiro passou do Ministério da Educação para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que a exerce por intermédio do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.

O universo de professores no âmbito do Ensino de Português no Estrangeiro é superior a três centenas.