Hoje, o secretário-geral do PSD/Madeira, José Prada, afirmou que cerca de 2.500 militantes social-democratas do arquipélago que a estrutura regional considera terem as quotas pagas vão votar no próximo sábado, apesar de a secretaria-geral nacional indicar que apenas 104 estão em condições de o fazer.
Em causa está o modo de pagamento das quotas, que deve ser por transferência bancária, débito ou vale postal, conforme o regulamento aprovado no Conselho Nacional do partido, em novembro de 2019, enquanto a maioria dos militantes na Madeira paga as quotas diretamente na sede.
Hoje, na apresentação da sua moção de estratégia global, em Lisboa, Rui Rio disse querer “fazer votos”, uma vez que está na reta final da campanha.
“Que este ato seja um ato democrático, que seja um ato limpo”, desejou.
O líder social-democrata lembrou que a sua direção procedeu a uma alteração no regulamento de pagamento das quotas, de modo a que só o militante tivesse acesso à referência para as regularizar, de forma a “terminar com aquela vergonha de andarem meia dúzia a pagarem as quotas de todos os outros”.
“Hoje alguém pode pagar a quota de outro, mas para o fazer tem de ter a anuência dele, tem de ser ele a fornecer o código”, afirmou, dizendo que não resolveu completamente o problema, mas “deu um passo gigantesco”.
“Estas regras têm de ser iguais para todos, em todo o continente e regiões autónomas. Eu espero que seja um ato limpo e em que se respeitem as regras em igualdade para todos sem exceção”, avisou, num ‘recado’ que parece dirigido ao PSD/Madeira.
Pelo menos 40 mil militantes do PSD com as quotas em dia podem votar nas diretas para escolher o próximo presidente, segundo dados provisórios disponibilizados no site do partido após o encerramento dos cadernos eleitorais, em 22 de dezembro.
Na Madeira, apenas 104 militantes são contabilizados no ‘site’ oficial do PSD como tendo a conta em dia, de um universo de mais de 10 mil militantes ativos nesta região autónoma (com pelo menos uma quota paga nos últimos dois anos).
O atual presidente do PSD, Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais são os candidatos a votos, nas primeiras diretas em que haverá uma disputa a três.
Se nenhum deles obtiver no sábado “a maioria absoluta dos votos validamente expressos”, 50%, a segunda volta realiza-se uma semana depois, dia 18, entre os dois candidatos mais votados.
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