“O Conselho Estratégico Nacional do PSD vai regressar ao trabalho no terreno, em todo o país, com uma equipa renovada e algumas alterações na sua estrutura organizacional e temática”, refere uma nota à imprensa enviada pelo PSD, justificando o adiamento deste “relançamento” que deveria ter acontecido depois do congresso de fevereiro com a pandemia de covid-19.
Tal como já tinha sido aprovado em reunião da Comissão Política Nacional, o economista Joaquim Miranda Sarmento é o novo presidente do CEN, substituindo no cargo David Justino.
David Justino continuará a coordenar a secção temática de Educação, tal como Joaquim Sarmento irá manter-se à frente da de Finanças Públicas.
Das anteriores 16 secções temáticas, o CEN, que pretende ser o órgão de ligação entre o partido e a sociedade civil, passou a ter 15 (a de Assuntos Europeus e a de Relações Externas juntaram-se na de Negócios Estrangeiros) e, dos nomes mais sonantes, mantêm-se quase todos: Arlindo Cunha, Silva Peneda, Ângelo Correia, António Tavares ou Tiago Moreira de Sá continuarão com tarefas de coordenação, embora alguns tenham mudado de área.
Dos ex-ministros que participavam neste órgão, que foi responsável pelo programa eleitoral do partido e pelo recente programa do PSD para a recuperação da economia no pós-covid, apenas saiu o antigo titular da pasta da Saúde, Luís Filipe Pereira.
Regista-se, por outro lado, a entrada de dois antigos secretários de Estado de Passos Coelho: Miguel Castro Neto, que coordenará a secção das Infraestruturas e Obras Públicas, e Manuel Pinto de Abreu, que ficará à frente do Assuntos do Mar.
Para coordenador da secção de Justiça entra Manuel Teixeira, ex-chefe de gabinete de Rui Rio na Câmara do Porto e que já integra a comissão política, e para a de Saúde António Araújo, diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Universitário do Porto e presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, desde 2017.
O CEN passará a ter uma Comissão Executiva, que além do presidente Joaquim Sarmento, contará com um secretário-geral, cargo ocupado pelo deputado e ex-secretário-geral adjunto do partido Bruno Coimbra, e três vogais: a deputada Catarina Rocha Ferreira, Emília Galego e Nelson Coelho.
Cada secção temática passará a ter um coordenador e dois vice-coordenadores (até agora era um coordenador e um porta-voz), “sendo um dos vice-coordenadores obrigatoriamente deputado, enquanto os outros dois elementos não poderão obrigatoriamente ser deputados”.
“A participação dos deputados no CEN irá permitir que os temas em debate possam ser alvo de discussão pública no parlamento e mesmo de iniciativas legislativas que respondam mais rapidamente a problemas setoriais ou outros”, refere a nota enviada pelo PSD.
No total, a coordenação o Conselho Estratégico Nacional passará a funcionar com uma equipa de 50 pessoas, que, segundo o PSD, “será responsável pela elaboração de um projeto alternativo de governação para Portugal”.
Na nota, recorda-se que o presidente do PSD, Rui Rio, já disse que “o CEN não é um Governo sombra nem um Gabinete de Estudos, mas sim um espaço de debate aberto a todos os militantes, simpatizantes do PSD e pessoas independentes, que se interessam por política ou por uma qualquer área temática ligada à sua área profissional ou pessoal”.
O Conselho Estratégico Nacional do PSD foi criado em 2018 com o objetivo de atrair mais pessoas para a participação cívica e política e, segundo o partido, a primeira iniciativa aberta à sociedade civil do CEN juntou mais de duas mil pessoas.
“A primeira reunião presencial do CEN terá lugar em breve, de acordo com as normas sanitárias em vigor”, refere ainda a nota.
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