Em declarações à agência Lusa, o presidente da concelhia, Paulo Ribeiro, afirmou que “há um discurso político, e bem, a favor do ambiente e da qualidade de vida na cidade de Lisboa, e depois a câmara, ao arrepio deste discurso, propõe adquirir, através da Carris, 37 novos autocarros a diesel, cujo período de vida útil dos veículos não é um nem dois anos”.
“Se não houvesse oferta de autocarros a gás no mercado, nós ainda poderíamos entender. Agora, havendo essa oferta, não se entende”, reforçou o social-democrata.
Paulo Ribeiro acrescentou que estes equipamentos têm “um período de vida útil longa”, pelo que “não é uma coisa passageira”.
O presidente da concelhia social-democrata reiterou que esta aquisição "não é consentânea com uma estratégia de longo prazo que tem vindo a ser propagandeada e anunciada, quer pelo Governo, quer pela câmara".
Num comunicado enviado às redações, o presidente da concelhia de Lisboa do PSD considera também que, na cerimónia de apresentação dos primeiros 15 autocarros adquiridos pela Carris, em dezembro, “foi realçada a característica de estes novos autocarros serem movidos a gás natural”, mas “o presidente da câmara e o ministro do Ambiente [João Matos Fernandes] esconderam que a Carris irá adquirir, durante o ano de 2019, 37 autocarros a diesel”.
Nessa altura, o município afirmou que a empresa iria contar, ao longo deste ano, com mais 250 autocarros, praticamente todos a gás natural ou elétricos, à exceção dos minibus, que continuariam a ser movidos a diesel.
De acordo com o Plano de Atividades da Carris para 2019, além dos autocarros elétricos e a gás natural, foram assinados contratos para aquisição de 37 autocarros médios a diesel, que deverão ser recebidos ao longo do ano.
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