Em comunicado enviado às redações, a Polícia de Segurança Pública (PSP) refere que, "a partir de hoje, todos os Polícias em funções operacionais encontram-se equipados com aparelho radar portátil, passando a poder controlar em qualquer momento e local os veículos que circulam em excesso de velocidade", como forma de "aumentar a fiscalização e a redução drástica da sinistralidade rodoviária".

Se podia ser verdade? Sim, mas hoje é dia das mentiras. Ao SAPO24, o Intendente Nuno Carocha explica que "o primeiro parágrafo é partida de 1 de abril".

Pelas reações nas redes sociais, há "umas pessoas a concordar, outras a discordar, outras que percebem logo que é uma partida".

Contudo, há partes verdadeiras no comunicado: "no ano transato, o excesso de velocidade foi fator responsável por 75% dos acidentes de viação com mortos e feridos graves".

Feitas as contas, "nos últimos 3 anos a PSP registou mais de 154 000 acidentes, dos quais 41 326 foram acidentes com vítimas, nomeadamente 2 086 feridos graves e 260 vítimas mortais".

Por isso, o objetivo da PSP com a publicação no dia das mentiras é alertar a população, explica Nuno Carocha: "levar as pessoas a refletir e a ter novamente contacto com estes números, para perceberem que o excesso de velocidade é o fator que causa muitas das mortes e feridos graves na estrada".

"A nossa ideia é sinalizar o perigo, mais uma vez. Mas não há Body Radar", afirma, desmascarando a mentira.

De recordar que "o Plano Nacional de Fiscalização (PNF) 2022 continua a estabelecer como prioridade, entre outras, a fiscalização da condução em excesso de velocidade, atendendo às implicações diretas que tem na ocorrência de acidentes de viação e nas suas consequências".

Nesse sentido, "a PSP, com o intuito de reforçar a segurança rodoviária, continuará a fiscalizar os comportamentos de risco dos condutores, principalmente as condutas que têm elevada prevalência e maior impacto na sinistralidade rodoviária, entre elas a condução em excesso de velocidade".