“Vamos ter manifestações de grande dimensão em todo o país e mandam as regras do bom senso ter pessoal operacional”, disse à Lusa o porta-voz da Direção Nacional da PSP, intendente Alexandre Coimbra, adiantando que a preocupação neste momento se prende com a dimensão do evento e não com qualquer informação de possível confrontos, mas que é importante a prevenção.
Alexandre Coimbra, confirmou à Lusa que as folgas e os créditos horários dos efetivos da PSP foram suspensos por uma questão de “bom senso”, face à marcação dos protestos inspirados no movimento “coletes amarelos” em França, em que manifestações contra o elevados custo de vida e para exigir diminuição dos impostos e do preço da gasolina, entre outras reivindicações, resultaram em violentos confrontos entre manifestantes e polícias no centro de Paris.
O porta-voz adiantou que a PSP está a reunir-se com os promotores das concentrações "para assegurar que tudo irá decorrer dentro da normalidade, não estando ainda definido o contingente nem os meios a serem utilizados".
Alexandre Coimbra referiu ainda que as folgas e créditos horários suspensos serão repostos.
Antes, a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) alertou para o facto de a reposição das folgas não ser expressamente mencionada no despacho que as suspende.
"Tratando-se de um protesto onde a PSP terá de ter uma especial atenção em prol da segurança das pessoas e bens, mas também da garantia de que todos os cidadãos poderem exercer todos os seus direitos de manifestação, compreendemos, obviamente, o teor do despacho. No entanto a ASPP/PSP lamenta que o documento não mencione que a instituição PSP irá garantir os direitos dos Polícias, compensando-os pelo seu trabalho em hora de folga ou descanso", refere a associação sindical num comunicado divulgado hoje.
“Uma vez que profissionais da PSP estão obrigados a cumprir um dia de trabalho no seu dia de descanso semanal obrigatório, a ASPP/PSP entende que deve ser atribuído a todos os Polícias nessa condição, a reconhecida compensação, mediante a atribuição do respetivo Suplemento de Piquete”, adianta a ASPP/PSP.
A ASPP/PSP considera no comunicado que “não estando esta situação acautelada”, os profissionais da polícia “serão duplamente prejudicados, uma vez que ficarão sem folga e sem a devida compensação, ao contrário do previsto no Estatuto Profissional em vigor”, afirma, explicando que já foi dada nota, através de ofício, à Direção Nacional da PSP.
O porta-voz da PSP esclareceu que hoje houve uma reunião de todos os comandos e que ficou determinado que os polícias que virem as suas folgas suspensas “serão compensados posteriormente”.
Comentários