Em comunicado, a PSP informou esta segunda-feira, 9 de março, que "foram hoje executados quatro mandados de busca em residência, na área metropolitana de Lisboa - Concelhos de Lisboa, Amadora, Loures e Sintra, por ordem da autoridade judiciária competente".

Com esta ação, "encontram-se sob custódia policial 3 cidadãos, do género masculino, residentes na área metropolitana de Lisboa e com idades compreendidas entre os 30 e 40 anos de idade, indiciados pelos crimes de resistência e coação sobre funcionário, ameaça agravada, injúria agravada, detenção de arma proibida e condução perigosa", pode ler-se.

A PSP informou ainda que "as diligências policiais encontram-se ainda em curso".

O que está em causa?

Uma viatura ligeira despistou-se cerca das 01:00 de 21 de fevereiro na Segunda Circular, junto ao Campo Grande, num acidente que causou a morte a três homens, com idades entre os 20 e os 40 anos, únicos ocupantes do carro.

O veículo capotou e embateu num poste de iluminação, que acabou por invadir as vias do sentido contrário (Benfica-Aeroporto), danificando um pórtico de painéis direcionais.

No dia do funeral de um dos três homens, a 25 de fevereiro, a PSP recebeu "um alerta por um grupo de motociclistas estarem a circular na via pública, sem capacetes e realizando manobras perigosas proibidas pelo Código da Estrada" e, "como é normal" a polícia enviou um carro patrulha com dois agentes.

Segundo a mesma fonte, "quando chegaram ao local os dois polícias deparam-se com um conjunto de motociclistas que rapidamente os cercaram de forma hostil e não acataram as ordens legais e legítimas que lhes foram dadas, impossibilitando que os infratores fossem identificados e fiscalizados".

De seguida, "enquanto um dos policias permaneceu no exterior do carro patrulha, emitindo continuamente ordens para que os infratores se afastassem, o outro polícia entrou na viatura para pedir reforços urgentes via rádio", explicou a PSP.

"Devido ao aumento do número de infratores e aos seus inaceitáveis comportamentos, um dos polícias, para garantir a sua integridade física e a autoridade do Estado, recorreu passivamente à arma de fogo como forma de dissuasão relativamente às agressões iminentes, sem no entanto a ter apontado a qualquer cidadão".

Apesar de os reforços policiais terem chegado "rapidamente ao local", não foi possível a "identificação e detenção dos infratores, por já terem dispersado", acrescenta a polícia, que, no entanto, garantiu desde a primeira hora "utilizar todos os meios para identificar todos os intervenientes de modo a permitir responsabilizá-los tanto criminalmente como pelas contraordenações praticadas".

Assim, a PSP iniciou de imediato as diligências necessárias com vista à sua identificação sob a direção e estreita colaboração com o DIAP da Amadora.

A PSP salientou "a coragem e o sangue frio do polícia que permaneceu no exterior do carro patrulha" nessa ocasião, bem como "o empenho e eficácia dos polícias que participaram na investigação".