“É certo que abordaremos a situação de casos críticos, principalmente o conflito israelo-árabe. E, sem dúvida, irei informá-los sobre a situação em torno da crise ucraniana”, declarou Vladimir Putin.

O chefe de Estado russo disse que, graças a Mohamed bin Zayed, as relações bilaterais entre os seus países atingiram “um nível elevado e sem precedentes” na história.

“De facto, os EAU são o principal parceiro comercial da Rússia no mundo árabe”, bem como o maior investidor, sublinhou Putin, lembrando que o volume de comércio aumentou 68% em 2022.

O líder russo destacou que, além de projetos ambiciosos nos setores do petróleo e do gás, ambos os países cooperam no âmbito da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP+).

“Terei todo o prazer em continuar o nosso trabalho conjunto no sentido de fortalecer a cooperação bilateral em diferentes áreas. Damos especial prioridade ao desenvolvimento de setores como energia, infraestruturas, tecnologia de ponta e outros”, sublinhou o Presidente russo.

Putin também lembrou os cerca de um milhão de turistas russos que viajaram para os Emirados Árabes Unidos no ano passado e a abertura de uma escola russa naquele país.

“Estamos gratos pela solução para a questão da concessão de terreno para a construção de um templo ortodoxo”, referiu.

Putin desejou ainda sucessos ao seu homólogo na realização da Cimeira do Clima das Nações Unidas (COP28), que conta com a presença de uma delegação russa, que está a acontecer no Dubai.

O dirigente russo também convidou o Presidente dos Emirados Árabes Unidos a visitar no próximo ano a cidade russa de Kazan, onde será realizada uma cimeira do BRICS — que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, grupo ao qual os Emirados se juntarão em 01 de janeiro.

O avião de Putin foi escoltado por quatro caças russos Su-35C durante o voo que o levou aos Emirados Árabes Unidos, informou hoje o Kremlin.

Esta viagem ao estrangeiro, que também inclui a Arábia Saudita, é a terceira que realiza em 2023, após o Tribunal Penal Internacional (TPI) ter emitido um mandado de detenção contra Putin por alegados crimes de guerra na Ucrânia.