“No entanto, estas ferramentas de combate ainda estão em falta”, afirmou Putin durante uma reunião da Comissão de Defesa em Moscovo.

O líder do Kremlin observou que “os ‘drones’ controlados com câmaras são urgentemente necessários nas linhas da frente porque são cruciais para o sucesso da guerra” desencadeada por Moscovo no país vizinho em fevereiro de 2022.

“No ano passado, praticamente todas as empresas de defesa concluíram os pedidos estatais com elevada qualidade e a tempo, por vezes até antes do previsto. Foram recebidos mais de quatro mil veículos blindados, 180 aviões de combate e helicópteros”, indicou.

Foram também transferidos mais de 1,5 milhões de ‘drones’ de vários tipos, incluindo cerca de quatro mil controlados remotamente pelo sistema FPV (equipados com uma câmara que transmite um vídeo em tempo real), enviados para a linha da frente numa base diária, de acordo com o Presidente russo.

As declarações sobre as necessidades militares de Moscovo surgem num momento em que as negociações para uma trégua estão num impasse.

O Presidente ucraniano apelou hoje para um cessar-fogo “imediato, completo e incondicional”, no dia em que uma delegação de Kiev se encontra em Londres para conversações com os principais aliados ocidentais, numa reunião entretanto redimensionada e reduzida a contactos técnicos devido à ausência do chefe da diplomacia de Washington, Marco Rubio.

“Insistimos num cessar-fogo imediato, completo e incondicional”, disse Volodymyr Zelensky na plataforma Telegram, reiterando a posição transmitida na terça-feira de que as conversações de paz só podem começar após o anúncio de uma trégua.

Segundo o jornal Financial Times, o Presidente russo, Vladimir Putin, propôs ao enviado da Casa Branca, Steve Witkoff, suspender a invasão da Ucrânia e congelar a atual linha da frente em troca das suas principais exigências, que incluem o reconhecimento da soberania da Rússia sobre a península da Crimeia, anexada em 2014, e a não adesão de Kiev à NATO.

“Muitas notícias falsas estão a ser publicadas neste momento”, reagiu o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias Ria Novosti.

Steve Witkoff está a planear uma viagem a Moscovo esta semana, de acordo com a Casa Branca e o Kremlin, que não especificaram uma data, quando Vladimir Putin tem pendente uma proposta de Zelensky de um cessar-fogo de 30 dias nos ataques aéreos a infraestruturas civis.