Todos os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas assumem a presidência durante um mês de forma rotativa, mas a escolha da Rússia levantou muita polémica, sobretudo pelo mandado de captura recente a Vladimir Putin, devido à invasão à Ucrânia, que ocorreu em fevereiro do ano passado, curiosamente a última vez que o país liderado por Putin assumiu a mesma presidência.

A Ucrânia foi um dos países que mais criticou esta decisão, mas alguns dos membros permanentes do Conselho, o Reino Unido, Estados Unidos, França e China, escudaram-se com as leis.

"Infelizmente, a Rússia é um membro permanente do Conselho de Segurança e não existe nenhum caminho legal internacional viável para mudar essa realidade", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

Esta declarações surgiram depois da Ucrânia ter pedido a expulsão da Rússia deste Conselho, algo que os especialistas explicam ser difícil. "Seria necessária uma votação para isso acontecer e a Rússia tem poder de veto. Não vai acontecer", disse o investigador Thomas Graham, membro do grupo de reflexão Council of Foreign Relations, desvalorizando também esta presidência.

"A presidência do Conselho é basicamente liderar as reuniões e tratar da maior parte do trabalho administrativo. Tem muito pouco poder para influenciar as decisões do Conselho", referiu.

Refira-se que já em 2023, o Japão foi o presidente do Conselho de Segurança da ONU em Janeiro, Malta em Fevereiro e Moçambique em Março.