A cimeira Alzheimer´s Global Summit é organizada pela Fundação Champalimaud e coorganizada pela Fundação Rainha Sofia, de Espanha.
Apesar da presença da rainha Sofia estar prevista apenas para terça-feira, dia em que a cimeira é oficialmente inaugurada, esta fez questão de estar hoje presente e assistir à conferência de Mercé Boada, uma neurologista espanhola que fundou e dirige a Fundação ACE – Instituto Catalão de Neurociências Aplicadas, que se dedica ao diagnóstico, tratamento, investigação e apoio a pessoas com demência.
Mercé Boada começou por agradecer a presença da rainha e lembrar que, sem ela, “o Alzheimer ‘não existia’ em Espanha”.
A médica debruçou-se sobre as perdas que uma doença como o Alzheimer implica e referiu-se à doença como “um problema sócio-sanitário”.
Na sua intervenção, Mercé Boada enumerou as várias evoluções registadas na identificação da doença de Alzheimer e especialmente os testes preditivos que apontam para uma maior predisposição para o desenvolvimento da patologia.
A esse propósito, deixou uma pergunta: “O que fazer com essa informação?”
Isto porque várias questões se colocam com o conhecimento dessa informação, nomeadamente o impacto que terá a nível familiar e laboral, por exemplo.
Mercé Boada recordou estudos que indicam que as pessoas que perdem a memória têm duas vezes mais riscos de desenvolver demências.
A cimeira internacional Alzheimer’s Global Summit tem como objetivo discutir e partilhar os recentes progressos em duas áreas distintas, mas complementares: a da intervenção terapêutica e a área de investigação sobre doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, Huntington e Parkinson.
A crise global da demência afeta mais de 50 milhões de pessoas no mundo e, até 2050, estima-se que este número possa quase triplicar.
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