Fica no distrito de Aveiro, concelho de São João da Madeira, e no ano passado ocupava o 330.º lugar no ranking das escolas, estando agora na 32.ª posição e sendo a escola pública melhor classificada. A média das 155 provas dos alunos internos da Escola Básica e Secundária Dr. Serafim Leite foi de 13,29 valores (numa escala de zero a 20), o que fez com que este estabelecimento de ensino se destacasse como a pública com melhor média nacional nos exames de 2019, segundo uma análise realizada pela agência Lusa a dados disponibilizados pelo Ministério da Educação.
A escola destaca-se também num outro ‘ranking’ da Lusa, que compara as classificações nas tabelas gerais de um ano para o outro, permitindo identificar os casos que subiram ou desceram muito repentinamente.
Na página de entrada do site da que é este ano a melhor escola pública pode ler-se a seguinte mensagem dirigida aos alunos: "Mais um ano letivo que está a acabar! Todos os anos o AESL aceita desafios e, com os Alunos mais fantásticos do Mundo (vocês), transformamos problemas em vantagens, superamos dificuldades e aprendemos a pensar de outra forma. Este ano nada levava a crer que o desafio era tão extremo... Mas nada nos deteve! Transformamos a distância, a que estávamos obrigados, numa proximidade ainda mais estreita." O texto continua com recomendações de segurança no contexto da pandemia e com palavras de incentivo para os alunos que vão entrar em época de exames: "Tenham calma, concentrem-se e estudem muito. Está quase a acabar... Estamos convosco a apoiar-vos e a fazer tudo para que nada vos falte."
Esta semana a escola tinha sido distinguida no concurso "Applica-te" organizado pela NOVA IMS, ficando em primeiro lugar entre as escolas do ensino secundário com o projeto BeachCleanParty num concurso destinado a premiar ideias no âmbito do desenvolvimento sustentável.
Também a Escola Secundária Pinhal do Rei, na Marinha Grande, registou uma forte subida, passando do 416.º lugar do ‘ranking’ de 2018 para 212.º lugar este ano. Em 2019, esta escola foi notícia por problemas decorrentes da falta de pessoal, mas também pela capacidade demonstrada para procurar soluções. Nesse ano, o agrupamento foi também o vencedor, ao nível nacional, do concurso Livres e Iguais: Escolas pelos Direitos Humanos cujo prémio foi uma viagem, para todos os alunos envolvidos, a Paris, para visitar a sede da UNESCO.
No grupo dos estabelecimentos de ensino que subiram mais de 200 lugares aparece também a Escola Básica e Secundária de Arfa e Lima, em Viana do Castelo, que disparou do 316.º lugar para 114.º. Esta escola já tinha estado em destaque no ranking das escolas de 2016 no parâmetro dos “percursos diretos de sucesso” do Ministério da Educação, indicador que avalia o percurso dos alunos ao longo de três anos, detendo-se nas retenções e nas notas nos dois exames finais trienais.
Há depois cerca de 40 escolas que subiram mais de uma centena de posições e outros tantos que subiram algumas dezenas de lugares.
Se estas são as maiores subidas, também há assinalar descidas com a mesma dimensão.
É o caso do Instituto de Ciências Educativas, em Odivelas, que desce mais de 300 lugares: em 2018 este estabelecimento de ensino particular ocupava o 63.º lugar e este ano ficou em 387.º. Outras três escolas – Celorico da Beira, Oeiras e Santa Comba Dão - desceram igualmente mais de 200 lugares.
Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, volta a ocupar o 1.º lugar da tabela
No geral, na análise das escolas que mais subiram e desceram nas médias dos exames nacionais do ensino secundário foram tidas em conta 514 escolas, mas houve 20 que ficaram de fora por falta de dados que permitissem fazer essa comparação. Depois, houve 247 estabelecimentos que subiram, 240 que desceram e outras sete que se mantiveram inalteráveis.
Os estabelecimentos de ensino que mantiveram a sua posição inalterada em relação aos ‘rankings’ do ano passado dividiram-se entre colégios e escolas publicas.
O Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, voltou a ocupar o 1.º lugar da tabela com uma média nos 553 exames realizados de 15,61 valores.
O Colégio Pedro Arrupe, em Lisboa, mantem-se no 16.º lugar, a Escola Secundária Alves Martins, em Viseu no 39.º, o Colégio do Minho no 47.º, a Escola Secundária Carlos Amarante, em Braga no 57.º, a Escola Secundária Quinta das Flores, em Coimbra em 92.º, e a Escola Secundária José Belchior Viegas, em Faro na 306.ª posição.
Estabelecimentos de ensino público descem cinco lugares na tabela, mas notas sobem
Em relação ao ano anterior, os estabelecimentos de ensino público descem cinco lugares na tabela que prioriza as médias dos alunos internos nos exames nacionais do ensino secundário (no ano passado, a primeira pública ocupava o 27.º lugar), segundo uma análise realizada pela Lusa com base em dados pedidos ao Ministério da Educação.
Apesar de as escolas públicas terem descido na tabela, as notas subiram em relação ao ano anterior, quando a primeira pública foi a Clara de Resende, no Porto, com uma média de 12,88 valores (que compara com 13,29 valores, este ano, na Escola Básica e Secundária Dr. Serafim Leite).
A secundária do Porto surge agora em 4.º lugar na tabela realizada pela Lusa que tem como critério excluir as escolas secundárias com menos de 100 exames realizados.
Nesta tabela, a Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, volta a ocupar o 2.º lugar, com uma média de 13,11 valores nos 675 exames (no 'ranking' das 514 escolas surge em 37.º lugar).
Já o 3.º lugar é ocupado por um estabelecimento de ensino de Viseu: a Escola Secundária Alves Martins, onde se realizaram 1856 exames e a média foi de 13,04 valores, o que lhe valeu um 39.º lugar no 'ranking' geral.
Quase oito em cada dez escolas públicas (340 num universo de 437) conseguiram que a média dos alunos nos exames fosse positiva, o que revela uma melhoria em relação ao ano anterior. Em termos percentuais, houve uma subida de 75% de positivas para 77,8%.
No 'ranking geral' que junta públicas e privadas, surgem agora 11 estabelecimentos públicos entre as 50 melhores, enquanto no ano passado eram apenas oito de uma tabela que é sempre dominada pelas privadas.
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