Rui Martins destacou que a CNIPE considera “interessante” e “muito importante” este tipo de documento e de trabalho para a reflexão que as escolas devem fazer quanto ao sucesso das crianças nas escolas.
“O que nós verificamos é que há esta comparação entre ensino privado e público, que é significativo. Verificamos também que as escolas em termos de projeto de autonomia da escola pública, já existem boas aprendizagens, bons projetos e os resultados estão a começar a aparecer”, destacou.
Por outro lado, destacou com preocupação “que há um grande número de alunos ainda nas escolas com retenções, ou chumbos”.
“Também verificamos que se as pessoas, os profissionais, os professores forem felizes também conseguem transmitir isso e partilhar junto dos nossos filhos e educandos e todos são felizes. E, portanto, a partilha, o espírito de entreajuda, é fundamental para o sucesso de qualquer projeto escolar e, portanto, acho que as escolas devem olhar para este documento como uma ferramenta de trabalho de reflexão para um futuro melhor para todos”, considerou.
Rui Martins salientou ainda que “aos pais de alunos das escolas do interior do país não lhes vale muito saber que determinada escola está melhor ou pior classificada, porque não têm outra para colocar os seus filhos”.
“Aquilo que os pais pedem no interior, o chamado interior profundo do nosso país, é que todos aprendam com todos e que as escolas que estão no interior, que são as únicas que estão à disposição dos pais, consigam fazer mais e melhor para um futuro melhor para os nossos filhos”, afirmou.
É no Porto que se encontram as escolas pública e privada com melhores resultados nos exames do secundário, segundo um ‘ranking’ elaborado pela agência Lusa tendo em conta as médias dos alunos internos das escolas onde se realizaram mais de cem provas.
Os alunos do Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, voltaram a destacar-se ao conseguirem a melhor média nacional, com 15,02 valores em 479 exames realizados.
Numa lista de 521 estabelecimentos de ensino, a primeira escola pública surge em 28.º lugar, graças aos estudantes da Secundária Garcia de Orta, também no Porto, que fizeram 796 exames e obtiveram uma média de 12,91 valores.
Comparando com o ano anterior, quando os primeiros 33 lugares da lista foram ocupados por privados, verifica-se uma ligeira subida das escolas públicas.
As dez escolas públicas com melhores resultados encontram-se nos primeiros 50 lugares da lista, sendo que, muitas vezes, as diferenças entre elas só são percetíveis olhando para as centésimas.
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