Segundo o seu representante, Alexandra Sousa Uva e o CDS-PP “chegaram a acordo quanto ao processo que corria termos no Tribunal de Trabalho de Lisboa, e, em consequência, será a mesma admitida a desempenhar as funções que até, então, desempenhava, de assessora”.
A trabalhadora passará a estar “na dependência direta” do secretário-geral do CDS-PP, Francisco Tavares.
“Com efeito, fica, assim, demonstrado que todo o processo de extinção do posto de trabalho, a par dos outros que entretanto claudicaram, por desistência do CDS-PP, ainda na anterior direção, apenas se deveu a questões que apenas podemos apontar como pessoais, motivadas pelo anterior secretário-geral, dr. Pedro Morais Soares”, apontou o advogado.
Em declarações à Lusa, a assessora estimou regressar ao trabalho "na próxima semana".
"A partir do momento em que tenha o documento da Segurança Social comigo, começo a trabalhar no dia seguinte", referiu Alexandra Sousa Uva.
A trabalhadora salientou ainda que os membros da nova direção do CDS "foram corretíssimos" consigo, ao contrário do anterior secretário-geral.
De acordo com o seu representante, “todo o processo foi acompanhado de perto” pelo presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, e pelo secretário-geral, Francisco Tavares.
“Ambos fizeram o esforço possível para irem ao encontro das pretensões da minha cliente e por forma a poderem resolver o processo extra judicialmente”, assinala a mesma fonte.
No início de janeiro, Alexandra Uva decidiu impugnar o seu despedimento por extinção do posto de trabalho, acusando o partido de ‘bullying’ por ter sido colocada à margem, sem “nada para fazer”.
Em declarações à Lusa na altura, a trabalhadora da sede nacional do partido afirmou hoje que é efetiva há uma década e que a extinção do seu posto de trabalho lhe foi comunicada no final de outubro, com a justificação de que o partido atravessa uma fase complicada.
Desde que lhe foi comunicado que seria despedida que esta assessora de 57 anos se queixa de ‘bullying’ e as queixas são dirigidas especialmente ao ex-secretário-geral do CDS-PP, Pedro Morais Soares.
“Durante estes dois meses fui completamente posta de parte. Não me dão nada para fazer numa altura em que há trabalho para fazer, por ser um período pré-congresso”, afirmou no início de janeiro à Lusa, considerando tratar-se de “uma questão de ‘bullying’”.
Na ótica de Alexandra Uva, o processo da extinção do posto de trabalho não foi conduzido da melhor forma e apresentou ilegalidades, o que a levou a recorrer à justiça e a apresentar uma impugnação.
Depois de as partes não terem conseguido chegar a acordo, o caso chegou a tribunal, tendo a primeira audiência acontecido no dia 22 de janeiro, a três dias do congresso que elegeu a nova direção, liderada por Francisco Rodrigues dos Santos.
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