As seis pessoas que morreram na prisão de Guayaquil Guayas 1 “são de nacionalidade colombiana e foram acusadas do assassínio do ex-candidato presidencial Fernando Villavicencio”, informaram as autoridades em comunicado.
A administração prisional do Equador (SNAI) tinha dito anteriormente que seis reclusos morreram durante “distúrbios”.
“Ocorreu um evento” numa das áreas da prisão de Guayas 1 e “registaram-se seis mortos”, referiu.
O Ministério Público e a polícia do Equador detiveram os suspeitos no início de setembro, na sequência de operações ligadas à investigação da morte de Fernando Villavicencio.
Villavicencio, que surgia em quinto lugar nas sondagens para as presidenciais de 20 de agosto, foi assassinado à saída de um comício, a 09 de agosto, numa zona central e movimentada da capital do país, Quito.
Uma semana antes, o candidato tinha denunciado ameaças à sua vida e asseverado que existiam na instituição policial elementos associados à máfia.
A candidatura de Villavicencio foi assumida após a sua morte por Christian Zurita, também ele jornalista de investigação, que ficou em terceiro lugar na primeira ronda das presidenciais.
A segunda volta, em 15 de outubro, será um confronto entre a esquerda, representada por Luisa González, e a direita, liderada por Daniel Noboa.
Guayas 1 é uma das cinco prisões que constituem o grande complexo penitenciário de Guayaquil. Cerca de 430 detidos foram assassinados em prisões do Equador desde 2021, sendo que dezenas foram desmembrados ou queimados, de acordo com as autoridades. O número de homicídios quadruplicou no país entre 2018 e 2022, atingindo um recorde de 26 por 100 mil habitantes. Especialistas estimam que, em 2023, a taxa de homicídios possa vir a aumentar para 40 por 100 mil habitantes.
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