“É de salientar uma redução significativa do número de sismos registados. Na quarta-feira foram 295 e, nos últimos dias, tinham-se registado entre os 600 e 700. E, portanto, foi uma redução significativa”, afirmou o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).

Eduardo Faria falava, em declarações aos jornalistas, no ‘briefing’ da Proteção Civil açoriana que se realiza diariamente na ilha de São Jorge, esclarecendo que “não há ainda interpretação para esta redução que está a ser analisada pelo Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA)”.

Segundo o responsável, na quarta-feira “foram contabilizados cerca de 1.300 sismos” e, “entre as 00:00 e as 10:30 de hoje foram registados 295” eventos, dos quais “dois sentidos” pela população.

Desde 19 de março, quando se iniciou a crise sismovulvânica, foram registados cerca de 24 mil sismos, dos quais 221 sentidos pela população, indicou ainda Eduardo Faria.

O presidente da Proteção Civil dos Açores revelou que há “também uma alteração relativamente à localização dos epicentros” dos sismos.

“Está a notar-se alguma migração relativamente à concentração de sismos que se têm sentido nos últimos dias, no sentido dos Rosais. Esta informação e esta análise também está a ser feita pelo CIVISA, para se perceber se há alguma razão associada a esta deslocalização”.

De acordo com o responsável, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) conseguiu “projetar mais duas estações para o terreno”.

Eduardo Faria adiantou ainda que já se encontra na ilha de São Jorge “uma equipa de fuzileiros com a capacidade de utilização dos sistemas aéreos não tripulados (drones)”.

A ilha de São Jorge está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.