Durante a entrega do prémio Fernández Latorre do jornal A Voz da Galiza ao Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, na Corunha, Espanha, Felipe VI realçou a “importância do trabalho” do chefe de Estado e a sua “vontade” em favorecer as relações entre estes dois países.

“Umas relações de irmandade e de vizinhança que, graças a esse ideal de cooperação que encarna o Presidente da República, são um exemplo de coesão e eficácia para toda a União Europeia”, afirmou.

Portugal e Espanha estão, “sem dúvida”, nas origens da primeira globalização, frisou.

“O nosso tradicional empenho em descobrir mundos melhores traduz-se hoje em firmes ancoradouros aos valores e anseios que nos uniram, que nos unem e, que hoje, fazem parte do nosso europeísmo comum e da nossa partilhada vocação ibero-americana”, referiu.

Atualmente é “primordial” a colaboração e a soma de valores e talentos para os países enfrentarem “juntos” os desafios do mundo global, salientou Felipe VI.

O rei reforçou ser “fundamental” que Portugal e Espanha “caminhem e naveguem” sempre juntos na “confiança e solidariedade” que caracteriza a relação de vizinhança e fraternidade ibérica entre os dois países.

O Presidente da República foi hoje galardoado com o prémio Fernández Latorre, atribuído em memória do fundador do jornal A Voz da Galiza, pela promoção das relações bilaterais entre Espanha e Portugal.

A distinção de Marcelo Rebelo de Sousa, na 60.ª edição deste prémio, “foi concedida em reconhecimento do seu contributo para a promoção das relações bilaterais entre a Espanha e Portugal” e decidida por unanimidade pelo Conselho de Curadores do galardão, que tem um valor de 10 mil euros.

Na sua decisão, o júri considerou que personalidades como o chefe de Estado português fizeram com que as relações transfronteiriças entre Espanha e Portugal sejam agora “um modelo de coesão” para a União Europeia.

No seu discurso, o Chefe de Estado anunciou que iria entregar os 10 mil euros à Comunidade Vida e Paz por ser uma causa que lhe “diz muito”.