As alterações, que também incluem vários territórios ultramarinos do Reino Unido, vão entrar em vigor já na próxima quarta-feira, revelou o ministro dos Transportes, Grant Shapps.

Pelo contrário, seis países, incluindo a Tunísia e Haiti, vão ser acrescentados à “lista vermelha”.

O Governo britânico adiou para julho a possibilidade de pessoas completamente vacinadas deixarem de ser obrigadas cumprir quarentena quando chegam a Inglaterra.

"Graças ao nosso programa de vacinação bem-sucedido, a nossa intenção é que mais tarde no verão, os residentes do Reino Unido que estejam totalmente vacinados não tenham que se isolar ao viajar de países da 'lista amarela'”, disse Shapps.

Atualmente, as viagens internacionais do Reino Unido são reguladas por um sistema de “semáforo”, que classifica os destinos de acordo com o risco epidemiológico.

A “lista verde” está limitada atualmente a 11 países e territórios de risco baixo, mas a indústria de viagens e turismo britânica tem feito pressão para ser alargada e incluir destinos populares para férias de verão, como Grécia, Itália ou Espanha.

Portugal foi o único país da União Europeia (UE) que entrou para esta lista, em 17 de maio, mas foi despromovido menos de três semanas depois, a 6 de junho, para a “lista amarela”, de risco moderado.

Esta lista, onde está a maioria dos países europeus, está sujeita a restrições mais apertadas, nomeadamente quarentena de 10 dias à chegada a Inglaterra, e dois testes PCR, no segundo e oitavo dia.

A “lista vermelha”, de países que representam um risco elevado devido à circulação de novas variantes do coronavírus, exige quarentena de 10 dias num hotel designado, além de dois testes PCR, sendo interdito viajar por motivos não essenciais para aqueles países.

Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte definem as suas próprias regras, mas têm o mesmo sistema de “semáforo” para viagens internacionais e têm acompanhado Inglaterra nas decisões.

Inclusão da Madeira na 'lista verde' britânica é "decisão justa", diz Governo Regional

O Governo da Madeira considerou hoje que o anúncio da reentrada da região na ‘lista verde’ do Reino Unido é “uma decisão justa”, que resulta de uma “luta árdua” de divulgação da segurança deste destino turístico.

“A Madeira está na ‘lista verde’ do Reino Unido. Foi conseguida a descriminação positiva que se desejava”, refere o secretário regional do Turismo e Cultura da região, em comunicado.

Segundo Eduardo Jesus, esta foi “uma decisão ajustada à realidade regional e vem reconhecer todo o trabalho em curso na afirmação da segurança do destino”.

Para o governante insular, “este anúncio do governo britânico em relação à Madeira vem colocar justiça naquilo que o Governo Regional entende que deveria ser tido em conta desde o princípio”.

Na nota, o responsável salienta que é o resultado “de uma luta árdua, um trabalho intenso, de dedicação permanente por parte do Governo Regional”.

“Estamos por isso ansiosos para que a operação britânica seja retomada e com a força que tínhamos previsto”, acrescenta.

O secretário madeirense recorda que foram realizadas 15 diligências junto do Governo britânico e português, dos responsáveis da saúde, embaixadores no Reino Unido e em Portugal, solicitando “a integração da região na lista de países e territórios considerados seguros do Reino Unido”, no âmbito da pandemia de covid-19.

“Neste processo, houve também o cuidado de atualizar os operadores britânicos da situação epidemiológica nas ilhas da Madeira e do Porto Santo, os quais foram também informados dos pedidos de intervenção do executivo Regional, com vista à correção da decisão do governo britânico”, lê-se na nota.

Ainda de acordo com Eduardo Jesus, “a Madeira já tinha e continua a ter todas as condições para ser considerada na ‘lista verde’”, salientando que se afirmou como destino seguro “desde a operação de triagem no aeroporto, ao processo de vacinação” contra a covid-19, que incluiu todos os profissionais do setor do Turismo, além da oferta dos testes, entre tantas outras medidas.

“Tudo isso constituiu a aposta determinada por parte da Região Autónoma da Madeira”, sublinha.

O responsável realça também o facto de a região registar “um número reduzido de infetados e de casos diário”, além do índice de transmissão (Rt) ser “o mais baixo do país”.

Eduardo Jesus argumenta igualmente que um dos fatores de maior importância que influenciou esta decisão do Governo britânico pode estar relacionada com o facto de a ligação da Madeira àquele país ser assegurada “na sua maioria por voos diretos, o que significa que não há a situação de contaminação em escalas que poderiam ser feitas em outros aeroportos”.

“Os cidadãos britânicos chegam à Madeira sem efetuar qualquer outra paragem”, refere, acrescentando que isso garante “a segurança no destino” aos passageiros.

(Notícia atualizada às 20h45)