O primeiro-ministro do Reino Unido anunciou que "pelo menos um doente morreu" devido a infeção com a variante Ómicron.
“A ideia de que a Ómicron é, de alguma forma, uma versão mais branda do vírus é algo que precisamos de deixar de lado. É preciso reconhecer o ritmo com que a variante está a espalhar-se pela população”, alertou em declarações aos jornalistas citadas pelo The Guardian.
Não foram dados mais detalhes sobre a morte, mas está agendada para hoje uma declaração de Sajid Javid, o secretário de Estado da Saúde.
Numa mensagem à nação transmitida este domingo pela televisão, Boris Johnson reconheceu que o país enfrenta “uma emergência”, com a rápida transmissão da nova variante do coronavírus SARS-CoV-2, o que obriga a antecipar um mês o objetivo, anteriormente fixado para final de janeiro, de vacinar todos os cidadãos maiores de 18 anos com a dose de reforço.
Johnson advertiu igualmente de que essa gigantesca mobilização, na qual participará também o exército, obrigará a cancelar consultas e exames médicos até ao próximo ano, o que justificou com a ameaça que representa a variante Ómicron, mais contagiosa, para as “liberdades dos cidadãos”.
“Ninguém deve ter qualquer dúvida de que está a chegar uma vaga de Ómicron e parece-me que está claro que duas doses da vacina simplesmente não são suficientes para nos dar o nível de proteção de que necessitamos”, afirmou.
A dose de reforço poderá ser dada a todos aqueles que já tenham recebido a segunda dose da vacina há pelo menos três meses.
Johnson anunciou na passada quarta-feira a entrada em vigor de novas restrições, como a generalização do uso de máscara em espaços públicos interiores, a exigência de certificados covid para entrar em discotecas ou espetáculos e a recomendação de teletrabalho sempre que possível.
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