“É importante ter uma abordagem um pouco abrangente com este problema de insegurança e terrorismo e, por isso, [fornecemos] ajuda humanitária para as pessoas”, disse Helen Lewis, à margem de uma cerimónia de despedida de estudantes moçambicanos com bolsa para mestrado no Reino Unido.

O valor foi desembolsado para projetos em benefício de famílias mais vulneráveis nas áreas de saneamento, água e abrigo, na província de Cabo Delgado, assolada por um conflito que chegou a provocar mais de um milhão de deslocados, segundo dados oficiais.

“Para as pessoas deslocadas, estes aspetos são cruciais”, frisou Helen Lewis, assinalando a parceria “muito ampla e duradoura” entre o Reino Unido e Moçambique.

A província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta, desde outubro de 2017, uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que também apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.

Desde o início de agosto, diferentes fontes no terreno, incluindo a força local, têm relatado confrontos intensos nas matas do posto administrativo de Mucojo (Macomia), envolvendo helicópteros, blindados e homens fortemente armados, com relatos de tiroteios em locais considerados como esconderijos destes grupos.