"Mantemos a lista dos corredores aéreos sob revisão constante e não vamos hesitar em remover países se necessário. No entanto, não haverá alterações ou remoções hoje", informou Grant Shapps, secretário de Estado dos Transportes do Reino Unido, através da sua conta oficial de Twitter.

Apesar das medidas serem anunciadas às sextas-feiras, a revisão oficial da lista decorre às quintas, pelo que este anúncio deverá significar que não haverão alterações até, pelo menos, a próxima semana.

A novidade surge depois do ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, ter admitido hoje a possibilidade de Portugal ser de novo incluído na lista de países cujos passageiros são obrigados a cumprir uma quarentena de duas semanas ao chegar ao Reino Unido.

“Estamos preparados para tomar decisões de colocar países individuais de volta na lista da quarentena se for necessário, e mantemos isso em avaliação constante. As pessoas só devem viajar se estiverem preparadas para fazer quarentena se o vírus aumentar quando estiverem nesse país”, afirmou à estação Sky News.

Também Shapps deixou aviso semelhante no mesmo tweet: "turistas são recordados de que os países de quarentena podem mudar, e mudam, a muito curto prazo".

O aumento do número de casos de infeção em Portugal na última semana terá ultrapassado os 20 casos por 100.000 habitantes, de acordo com a imprensa britânica, um dos critérios usados por Londres para impor restrições sobre as viagens internacionais.

A própria ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, reconheceu na quarta-feira que os casos de covid-19 estão a aumentar em Portugal e que existe um maior risco de transmissão da doença.

“Os números da nossa situação epidémica estão a subir. Estão a subir desde há uma semana e situam-se agora em cerca de 340 novos casos diários. Esta é uma realidade”, afirmou na conferência de imprensa de atualização da situação da pandemia de covid-19 em Portugal.

Portugal só foi incluído na lista dos países seguros e portanto com “corredores de viagem” com o Reino Unido há duas semanas, a 20 de agosto, apesar da pressão do Governo português e do setor do turismo.