De acordo com a estação pública britânica, Javid terá recusado a “condição de despedir todos os seus assessores”.
Sajid Javid já tinha protagonizado um confronto com o gabinete do primeiro-ministro, quando a assessora Sonia Khan foi despedida em setembro sem aviso prévio pelo conselheiro de Boris Johnson, Dominic Cummings, que ordenou que lhe fosse retirado o telemóvel e que fosse escoltada pela polícia até ao portão dos edifícios do governo.
A saída é uma surpresa, já que Boris Johnson tinha prometido manter Javid, o qual tinha previsto a apresentação do orçamento a 11 de março, apesar da especulação de que o secretário de Estado das Finanças, Rishi Sunak, poderia ser promovido.
Das mudanças conhecidas, sabe-se que as ministras da Economia, Andrea Leadsom, Ambiente, Theresa Villiers, e Habitação, Esther McVey, todas destacadas eurocéticas, foram demitidas.
Destas três, apenas Andrea Leadsom tinha resistido à transição do governo de Theresa May, em julho, quando Boris Johnson assumiu funções e removeu a maioria dos ministros pró-europeus para se concentrar no processo do ‘Brexit’.
McVey disse “lamentar” a demissão, mas disse que continuaria a apoiar o governo enquanto deputada, enquanto Leadsom afirmou ter sido um “privilégio” fazer parte de governos sucessivos durante seis anos, sob David Cameron, May e Johnson.
Porém, a demissão mais comentada foi a do ministro para a Irlanda do Norte, Julian Smith, que liderou o processo de restauração do funcionamento do governo e parlamento autónomos em janeiro, após três anos suspenso devido à falta de entendimento entre os partidos Sinn Féin e Partido Democrata Unionista (DUP).
“Em 8 meses como ministro, Julian, ajudou a restaurar o poder partilhado em Stormont, assinou um acordo connosco para evitar uma fronteira física, além da igualdade no casamento. É um dos melhores políticos da Reino Unido atualmente”, elogiou o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar.
Entre os que ficam estão Dominic Raab, ministro dos Negócios Estrangeiros, Jacob Rees-Mogg, ministro dos Assuntos Parlamentares, Priti Patel, ministra do Interior, três destacados eurocéticos, e Michael Gove, chanceler do Ducado de Lancaster e ministro do Conselho de Ministros.
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