Depois dos encontros oficiais com o Presidente da República e com o presidente da Assembleia da República, que decorreram de manhã, os reis receberam as chaves da cidade pelas mãos do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
À saída, cerca de três dezenas de turistas estrangeiros aguardavam os monarcas na Praça do Município, tendo-os cumprimentado. Praticamente todos estavam de telemóvel no ar, a gravar o momento.
Os monarcas seguiram depois a pé até ao Terreiro do Paço, ladeados por Fernando Medina e acompanhados por alguns vereadores, até entrarem num elétrico, onde foram à janela com destino ao Arquivo Fotográfico Municipal.
Já dentro do elétrico, e quando questionada sobre o que achava de Lisboa, a rainha respondeu em inglês que, mesmo estando na capital portuguesa há apenas dois dias, já a considera "muito bonita".
De lá, os reis seguiram a pé até ao Intendente, onde se reuniram com alguns parceiros sociais no Largo Residências, e participaram num debate sobre "vizinhanças em transição".
A diretora desta cooperativa cultural, Marta Silva, explicou à agência Lusa que "este é um projeto que trabalha através de práticas culturais de intervenção social" e que pretende "criar uma ponte e uma mediação entre as pessoas e as políticas de mudança do território".
A Holanda é um dos parceiros desta organização, através de uma rede europeia.
"Eu fiquei muito contente, porque no fundo esta foi uma opção de visita muito interessante, que é paralelo a um programa oficial de estar com o Presidente da República, com o primeiro-ministro", confessou Marta Silva.
A responsável referiu que os reis "quiseram fazer uma visita não institucional, foi intenção da embaixada trazê-los cá para conhecerem um lugar que teve uma mudança, mas quiseram conhecê-lo com as pessoas que trabalham e que vivem aqui".
Também presente na reunião, a presidente da Junta de Freguesia de Arroios disse à Lusa que os reis ficavam "com uma imagem bastante positiva, gostaram dos projetos que ouviram" e que têm sido implementados na zona ao longo dos últimos seis anos.
"Isso foi extremamente importante. Eles fizeram perguntas, gostaram, perceberam que era uma freguesia de inclusão", acrescentou Margarida Martins.
A autarca disse que o rei Guilherme Alexandre e a rainha Máxima "vão voltar [a Lisboa] e vão gostar" e manifestou a esperança de que dessa vez o possam fazer "enquanto cidadãos".
O aparato não passou despercebido a algumas das pessoas que se cruzaram com a comitiva e que se dirigiam aos jornalistas para perguntar de quem se tratava.
Alguns munícipes e turistas cumprimentaram o rei Guilherme Alexandre e a rainha Máxima, aproveitando ainda para elogiar a beleza da regente.
No final da visita, os monarcas foram agraciados com uma atuação do Grupo Limpeza Urbana Municipal (GLUM), um projeto que pretende ser "um alerta para a população local sobre higiene urbana".
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