A percentagem aumenta com o passar dos anos, sendo que aos 18 anos já são 21% os jovens que jogam online a dinheiro. Números preocupantes, mas ainda complicados de travar, sobretudo pela facilidade de acesso a sites de apostas ou jogos.

Em declarações ao Jornal de Notícias, João Goulão, diretor do SICAD, diz mesmo que este é o maior desafio, o de controlar a forma como os jovens acessam a este tipo de sites.

"Até hoje, não foi possível criar tais mecanismos. No caso dos jovens, a criação de sistemas de validação e de registo de entrada nas plataformas que controlem a idade do utilizador é tecnicamente difícil, ao que acresce o facto de, em termos legislativos, a aprovação e a aplicação de medidas legais a este nível serem igualmente pouco eficazes", salientou.

Ainda de acordo com o relatório, "o género masculino também é o que mais joga e aposta online, sendo também o que mais utiliza a internet para jogar".

Quanto a outras faixas etárias, "pode-se verificar que os jogos predominantes são os da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (euromilhões, raspadinhas, totobola/totoloto e lotarias), sendo a prevalência ao longo da vida, maior no género masculino e na faixa etária entre os 45 e os 54 anos de idade".