Em 2021, o número de jornalistas detidos, 488, já tinha sido considerado um recorde histórico, acrescentou a ONG de defesa da liberdade de imprensa, sediada em Paris, no relatório anual.
O número de jornalistas mortos (57) está também a aumentar, nomeadamente devido à guerra na Ucrânia.
No ano passado e em 2020, este número, 48 e 50, respetivamente, foi considerado “historicamente baixo”.
Mais de metade dos jornalistas presos em todo o mundo, a 01 de dezembro, encontravam-se em cinco países: China (110), Myanmar (antiga Birmânia, 62), Irão (47), Vietname (39) e Bielorrússia (31).
O Irão é o único país que não constava desta “lista negra” no ano passado, indicou a RSF, que mantém este registo anual desde 1995.
A República Islâmica deteve um número “sem precedentes” em 20 anos de profissionais da comunicação social, desde o início do movimento de protesto, em setembro.
“Os regimes ditatoriais e autoritários estão rapidamente a encher as prisões com jornalistas”, disse o secretário-geral da ONG, Christophe Deloire.
Neste relatório global, a RSF notou um número sem precedentes de mulheres jornalistas na prisão: 78. No ano passado, a ONG contou 60.
“As mulheres jornalistas representam atualmente quase 15% de todos os detidos, em comparação com menos de 7% há cinco anos”, indicou.
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