Esta preocupação da RSF soma-se à expressada na terça pelo editor-chefe da agência noticiosa Reuters, Steve Adler, que recordou que “não é todos os dias que o Presidente dos EUA situa os jornalistas entre ‘os seres humanos mais desonestos na Terra'” ou que o seu estratega chefe classifica a comunicação social como ‘o partido da oposição'”.

A atitude de Trump face à comunicação social “é extremamente inquietante, evidentemente nos EUA, para a liberdade de imprensa neste país”, mas também para o mundo inteiro, disse à agência noticiosa AFP o diretor-geral da RSF, Christophe Deloire, por ocasião de uma conferência de imprensa.

“Ele não para de ser violento para os jornalistas, pelas suas palavras, no Twitter, e já se vê uma radicalização contra os jornalistas que é inquietante (…), é um mau exemplo que ele dá”, acrescentou.

Deloire previu que numerosos déspotas ou alguns dirigentes de democracias com métodos autoritários “se sirvam, dizendo: ‘Vejam. Até o Presidente dos EUA diz que os jornalistas são as pessoas mais desonestas da Terra'”.

A RSF apresentou hoje no México o seu relatório sobre os perigos da profissão de jornalista neste país, que é o mais perigoso da América Latina para exercer esta profissão, com 99 repórteres assassinados entre 2000 e 2016.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.