Biden ameaçou vetar o pacote republicano, que praticamente não tem hipótese de passar no Senado democrata. O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) recusou até agora negociar sobre o teto da dívida, com a Casa Branca a insistir que não deve ter restrições para garantir que os EUA pagam as suas contas.
O líder da Câmara de Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, tinha prometido aprovar a legislação para aumentar o teto da dívida norte-americana, com a condição de limitar os gastos federais futuros. Durante um discurso na Bolsa de Valores de Nova Iorque, McCarthy defendeu que a carga da dívida do país é uma “bomba-relógio” e que o Presidente Joe Biden colocou o problema de lado, quando se aproximava o prazo limite para poder aumentar o limite da dívida, que permitirá ao Governo dos EUA continuar a funcionar. A Casa Branca reagiu à proposta, considerando que McCarthy estava a tentar “fazer reféns económicos”.
Os Estados Unidos arriscam uma crise devido à necessidade de aumentar o limite da dívida do país, que se situa agora em 31 biliões de dólares (cerca de 28 biliões de euros), para evitar uma situação de falência orçamental.
A capacidade de McCarthy’s para unir a sua pequena maioria e levar a medida à aprovação dos democratas e mesmo dos redutos do seu próprio partido dá força à estratégia do presidente republicano de usar a votação como uma oferta inicial para levar Biden a negociar.
Os dois homens dificilmente poderiam estar mais distantes na forma de resolver o problema. O projeto foi aprovado com uma estreita margem de 217-215.
“Fizemos o nosso trabalho”, disse McCarthy depois da votação. “O Presidente não pode mais ignorar” o assunto, não negociando com os republicanos, declarou.
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