“Temos algumas indicações, nada que possamos verificar a 100% de forma independente, mas há algumas indicações de que os ucranianos tentaram na verdade desacelerar o comboio”, disse o porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, John Kirby, em conferência de imprensa.

John Kirby acrescentou que outra razão para a paralisação do comboio, que avança do norte em direção à capital ucraniana, são “desafios logísticos e de manutenção”, que os russo não tinham previsto.

Enquanto isso, no sul, “parece que as forças russas estão a enfrentar, no global, menos resistência do que no norte”, segundo o responsável norte-americano.

O porta-voz observou que ainda há uma “batalha muito dura” pela cidade ucraniana de Kherson, que a Rússia diz ter tomado a partir da Crimeia.

“Parece-nos que os ucranianos estão a lutar por essa cidade”, disse.

Sobre a situação em Mariupol, John Kirby adiantou que as forças russas estão a avançar, indicando, no entanto, não acreditar que os russos “estejam no centro da cidade”.

“[…] Temos todos os tipos de indicações de que Mariupol será defendida”, atentou.

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, anunciou hoje que as tropas russas haviam assumido o controlo total de Kherson.

Mais a leste, em Mariupol, nas margens do mar Azov e na região de Donetsk, separatistas pró-russos alegaram hoje que as suas forças bloquearam aquela cidade, de acordo com imprensa russa.

Entretanto, o Ministério do Interior ucraniano garantiu que “as batalhas por Mariupol continuam”, uma vez que as unidades da Guarda Nacional em conjunto com as Forças Armadas “mantêm a defesa da cidade”.

O Exército russo garantiu hoje ter conquistado a cidade de Kherson, enquanto os separatistas pró-russos anunciaram ter conseguido bloquear totalmente Mariupol, também no sul da Ucrânia.

Kherson situa-se perto da península da Crimeia.

"As unidades do exército russo assumiram o controlo total da capital regional de Kherson", disse o porta-voz das forças armadas russas, Igor Konashenkov, assegurando que as "infraestruturas civis" e os transportes públicos estavam a funcionar normalmente.