Pela primeira vez na sua história, a IL teve uma reunião magna de dois dias, tendo sábado sido marcado pelos dois discursos do presidente recandidato, por discussões ideológicas sobre o liberalismo e sobre a nova declaração de princípios, bem como a apresentação das moções e por manifestações de críticas e de apoio à atual direção.

Para hoje está prevista a votação com “braço no ar” das moções setoriais e da nova declaração de princípios, sendo a eleição para a nova Comissão Executiva, direção presidida por Cotrim Figueiredo que se apresenta em lista única, feita em voto secreto digital.

Depois, os resultados para a nova direção serão anunciados na sessão de encerramento, na qual João Cotrim Figueiredo fará um discurso final.

Presentes no encerramento de hoje estarão outros atores políticos e parceiros sociais, tendo fonte oficial da IL adiantado à agência Lusa que, entre a lista de confirmações, estão Martim Borges de Freitas e João Campelos, do CDS-PP, António Morgado e Tânia Mesquita, da Comissão Política Nacional do PAN, e o presidente da concelhia do PS de Lisboa.

Entre os parceiros sociais, destaque para a presença do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, António Saraiva, do presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, do presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros e do presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, Eduardo Manuel Drummond de Oliveira e Sousa.

No sábado, João Cotrim Figueiredo avisou que não viabilizará um bloco central depois das eleições legislativas, convicto que o partido será um dia “poder em Portugal”, um objetivo sem pressas e que não poderá ser alcançado a qualquer custo.

O presidente também anunciou que a IL vai reunir o seu Conselho Nacional na próxima semana para aprovar as listas de deputados às legislativas, voltando João Cotrim Figueiredo a ser o cabeça de lista por Lisboa.

O líder liberal defendeu ainda que seja “no poder ou na oposição o voto mais útil” é nos liberais, avisando que “o PS não é solução para os problemas do país”.

No total são cerca de 1.200 os membros da IL que participam nesta convenção eletiva – 700 presencialmente no Centro de Congressos de Lisboa e 500 online – que acontece a menos de dois meses das eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro.

O primeiro subscritor da moção – intitulada “Preparados. Liberalizar Portugal” – é precisamente João Cotrim Figueiredo que se candidata a um segundo mandato como presidente da Comissão Executiva sem qualquer oposição interna, apresentando uma lista única de continuidade, apesar de algumas saídas e entradas.

Entre as novidades da nova direção está a entrada, como vogais, de um dos fundadores do Movimento Europa e Liberdade (MEL) Paulo Carmona, do professor catedrático Miguel Pina e Cunha e da advogada Ana Pedrosa-Augusto, que foi vice-presidente eleita no primeiro congresso do Aliança e integrou já as listas da IL à Câmara de Lisboa nas últimas autárquicas, para além do assessor do partido e militante número dois da IL, Rodrigo Saraiva.

De saída deste órgão estão Mónica Mendes Coelho e Maria Castello-Branco.