Em comunicado hoje divulgado, o SPP/PSP anunciou que “decidiu abandonar as negociações e não irá marcar presença nas reuniões agendadas para os dias 4 e 5 de agosto de 2021”.
O sindicato acusa o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, de ter proposto uma compensação de risco “ridícula, ofensiva e inaceitável” ao avançar com um valor de 68 euros por mês, acusando ainda o governante de uma tentativa de “manipulação” da opinião pública na imprensa, “com afirmações que dão a entender que os polícias ganham em média dois mil euros por mês, o que não corresponde à verdade”.
O SPP/PSP reitera que não aceita negociar valores de subsídio de risco inferiores a 430,39 euros.
Na quarta-feira de manhã o secretário de Estado Antero Luís reúne-se com os representantes dos sindicatos e dos representantes das associações socioprofissionais da GNR e da PSP para continuar a negociação da atribuição de um subsídio de risco a polícias e militares.
O subsídio de risco é uma das principais e mais antiga reivindicação dos polícias e a atribuição deste suplemento está prevista no Orçamento do Estado deste ano, numa decisão dos partidos da oposição e não do Governo socialista.
Inicialmente, o MAI tinha proposto o valor de 100 euros para os elementos em funções de ronda e patrulha, 90 euros para quem têm funções de comando e 80 euros para os restantes operacionais, significando, na prática, um aumento de 68, 59 e 48 respetivamente, uma vez que o suplemento por serviço nas forças de segurança é atualmente de 31,98 euros.
Posteriormente, o valor apresentado foi de 100 euros para todos os elementos da PSP e da GNR, representando um aumento de 68 euros.
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