“As eleições autárquicas de 2021 são um objetivo nuclear para o PSD. Se voltamos a perder mais ainda do que já perdemos nas últimas três e, particularmente, nas últimas duas, o partido começa efetivamente a definhar de uma forma já estrutural”, apontou.
Rui Rio falava para cerca de 50 militantes, na apresentação da sua recandidatura à presidência do PSD, em Almada, no distrito de Setúbal, tendo assumido que as autárquicas de 2021 são um dos seus principais objetivos “para os próximos dois anos”.
Para o atual líder dos sociais-democratas, estas eleições “são as mais importantes para a implantação do partido”, mais que as legislativas, porque são os órgãos locais e o número de autarcas eleitos que determinam o “enraizamento na sociedade portuguesa”.
“Nas eleições de 2017 pior que perder muitas presidências de câmara, foi ter perdido muitos vereadores eleitos, por isso, em 2021 temos que ter como primeiro objetivo eleger muitos vereadores, porque se assim for, vamos ganhar muitas câmaras”, defendeu.
É por isso que, na visão de Rui Rio, em fevereiro ou março do próximo ano “todo o partido tem que se voltar para as autarquias”, sobretudo para aquelas “onde se é oposição e há uma oportunidade de se ganhar”.
“As próximas eleições autárquicas ganham-se ou perdem-se fundamentalmente em 2020, particularmente quando somos poder. Mesmo quando somos oposição, é um ano muito relevante para conseguir credibilidade”, frisou.
Já num segundo plano, o candidato pretende uma “maior abertura do partido à sociedade”, através do Conselho Estratégico Nacional, com 16 secções, onde os militantes podem encontrar “espaço para o diálogo”.
“Muitas vezes dizem-me que temos de falar mais com este ou aquele público, e não tenho nada contra isso, mas tenho um método melhor. Se abrirmos as portas à sociedade e a sociedade entrar cá para dentro, aí já temos o nosso discurso”, mencionou.
Como terceira “tarefa”, o atual líder do PSD defendeu que é preciso uma “oposição com credibilidade”, em que, além de denunciar e pressionar o Governo, deve-se “apresentar alternativas” e saber “concordar”.
Neste discurso, Rui Rio reafirmou também que se recandidata à liderança do PSD para “para servir Portugal”, pelo que o interesse público está sempre em primeiro lugar, apesar de admitir que esta posição lhe tem trazido “alguns problemas dentro do partido”.
Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz são os adversários de Rui Rio nestas eleições diretas, que decorrem em 11 de janeiro.
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