Como avançou o Jornal de Notícias (JN) esta tarde, Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, reagiu com indignação ao que chamou de "tentativa de cosmética" da PSP, que lhe terá enviado uma carta "a pedir a abertura de ruas, mais iluminação pública e o corte de arbustos no Bairro Pasteleira Nova".
A PSP terá solicitado a abertura de novas ruas e mais luz pública, alegando que estas medidas "facilitariam a intervenção policial num local descrito como fechado, com espaços estreitos e sem visibilidade".
No entanto, segundo Rui Moreira, presidente da autarquia, "é mentira que alguma vez a PSP tenha pedido para podarmos os arbustos. Aliás, fomos nós que avançámos com esta medida, nomeadamente no Jardim do Fluvial, onde havia arbustos que permitiam que os toxicodependentes se escondessem enquanto consumiam".
Os moradores do Bairro Pasteleira Nova já tinham alertado para problemas relacionados com o consumo e tráfico de droga nesta zona do Porto. "Há uma impunidade do tráfico. Não se faz nada. Não há vontade nenhuma de acabar com o tráfico", afirmou Cristina Costa Reis, representante dos moradores que vivem na avenida Marechal Gomes da Costa à Lusa. Também Manuel Gericota, da associação de moradores das Condominhas, defendeu ser necessária uma "resposta" do Estado para travar este fenómeno, o qual, disse, "não tem existido", adiantou a Lusa a 2 de fevereiro.
"O bairro foi feito assim e não pode ser demolido. Tal como a Sé. Não tenho a visão, que já houve nesta câmara municipal, de demolir quando há problemas nos bairros", afirmou hoje Rui Moreira, defendendo que a demolição do bairro não é a solução.
*Com Lusa
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