Esta será a terceira reunião de Rui Rio com os presidentes das distritais desde que foi eleito presidente do PSD, em fevereiro, e está marcada para sexta-feira às 16:00 na sede nacional do partido, em Lisboa.
De acordo com os estatutos do PSD, “o presidente da Comissão Política Nacional e o secretário-geral reúnem, ordinariamente, de dois em dois meses, para articulação política de matérias de âmbito geral e distrital, com os Presidentes das Comissões Políticas Distritais”.
Em 21 de setembro, foi apresentado em Santarém um documento de apoio a Rui Rio, que partiu do vice-presidente e presidente da distrital de Aveiro Salvador Malheiro, e que contou com a assinatura de todos os presidentes das distritais, à exceção do de Lisboa, Pedro Pinto, apesar de vários terem manifestado reservas quanto à forma e conteúdo do texto.
O documento foi apresentado pelo presidente da distrital de Braga, José Manuel Fernandes, que salientou tratar-se “não de uma moção de confiança” a Rui Rio, de mas uma “tomada de posição de repúdio” a militantes que “deturpam” a mensagem do líder.
“É uma posição para que haja paz, para que nos deixem trabalhar e para que todos possam ter um objetivo comum, que o país bem precisa, de uma alternativa séria, credível e competente”, personificada no líder do PSD, declarou então José Manuel Fernandes.
O documento pede que todos os militantes contribuam para que a “solidez e clareza da mensagem” não seja deteriorada perante a opinião pública e lamenta “o ambiente de permanente instabilidade” para com a direção nacional e o seu presidente e o que se classifica de “constantes tentativas de deturpação das suas mensagens políticas, nomeadamente por parte de militantes do partido”.
“Quem age desta forma não quer que o PSD vença as eleições legislativas, na medida em que tudo está a fazer para prejudicar esse objetivo”, é referido no texto.
Na altura em que foi divulgado este texto de apoio das distritais a Rio, estava em curso um movimento – promovido pelo ex-candidato do partido à Câmara de Loures, André Ventura - para recolher 2.500 assinaturas necessárias à convocação de um congresso extraordinário.
No entanto, em 9 de outubro André Ventura encerrou o processo de recolha de assinaturas e anunciou que deixará o PSD para fundar um novo partido, com a denominação Chega, dizendo ter sido “traído, apunhalado pelas costas e enganado” por pessoas que o incentivaram a avançar com o movimento de destituição de Rui Rio e que depois recuaram.
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