“Um grupo reduzido de Estados leva a cabo ações egoístas e a comunidade internacional paga um preço alto”, disse Lavrov, no seu discurso perante a Assembleia Geral da Nações Unidas.
O responsável russo acusou esses países de tratarem, por todos os meios, “manter o estatuto de líderes mundiais” e usarem para tal a “chantagem política, a pressão económica e a força bruta”.
Sergey Lavrov criticou a política dos Estados Unidos em relação à Síria, Irão e Venezuela, defendeu a importância das organizações multilaterais como as Nações Unidas e alertou para os perigos de decisões unilaterais dos Estados Unidos e de outros países.
O chefe da diplomacia russa assegurou que Moscovo fará “tudo o possível” para preservar o acordo nuclear alcançado, em 2015, com o Irão, apesar da retirada dos Estados Unidos.
Criticou a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump de abandonar o acordo, considerando que faz parte de uma tendência “perigosa” de medidas unilaterais que ameaçam a ordem global pós - II Guerra Mundial.
Considerou ainda a decisão norte-americana uma violação das resoluções das Nações Unidas e uma ameaça à estabilidade no Médio Oriente.
Lavrov denunciou a “hipocrisia” das potências ocidentais por acusarem “sem provas” países como a Rússia de interferir nos seus processos políticos enquanto tentam abertamente “derrubar governos” em outros lugares.
Nesse sentido, apontou as “desculpas” para desencadear intervenções militares como as do passado na Jugoslávia, Iraque e Líbia.
Sobre a Síria, Lavrov assegurou que a Rússia ajudou a travar o avanço do terrorismo no país, adiantando que se registam progressos em direção a uma solução política.
Numa referência indireta ao caso de envenenamento do ex espião russo Skripal, criticou os que acusam a Rússia com expressões como “altamente provável", termo usado pelas autoridades britânicas para responsabilizar Moscovo, e que a declarem culpada sem julgamento.
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