“Nós lamentamos o que está a acontecer. Os Estados Unidos tomaram, de maneira flagrante, o caminho da escalada das tensões militares, mas nós não vamos ceder à provocação”, disse hoje o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Riabkov, citado pelas agências de notícias russas.
O teste militar norte-americano ocorre um mês após o fim do tratado de desarmamento nuclear (INF).
O ensaio foi efetuado na ilha de San Nicolas, ao largo da Califórnia, às 14:30 (21:30 em Lisboa) de domingo, disse o Pentágono na segunda-feira, através de um comunicado.
“O míssil foi projetado de uma rampa de lançamento terrestre e atingiu o alvo com precisão depois de 500 quilómetros de voo”, indica o mesmo documento do Pentágono.
Trata-se de “uma variante terra-terra de um míssil cruzeiro Tomahawk”, disse o porta-voz do Pentágono, tenente coronel Robert Carver, acrescentando que o teste foi coordenado pela Marinha de Guerra dos Estados Unidos.
As imagens que foram difundidas pelos Estados Unidos mostram o lançamento numa rampa vertical Mark 41.
As forças norte-americanas dispõem de mísseis de médio alcance que são disparados de navios de guerra, mas uma das novidades consiste na instalação do sistema de lançamento (Mark 41) em terra firme.
Apesar das informações do Pentágono, um responsável militar norte-americano, que pediu anonimato, referiu que a rampa de lançamento é “diferente” dos dispositivos que constituem o sistema antimíssil (AEGIS) que já se encontram instalados na Roménia e que devem ser também colocados na Polónia, e que segundo a Rússia violavam o tratado INF.
O míssil testado no domingo é convencional, mas pode ser equipado com uma ogiva nuclear.
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