“A situação é catastrófica e pode piorar ainda, por muito difícil que já seja, no caso de se iniciar a operação terrestre [por parte de Israel]”, declarou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.

Para Peskov, é necessário “convocar a todos para um cessar-fogo” e não “condenar as ações de apenas uma das partes”.

O porta-voz da Presidência russa também garantiu que o seu país continuará os esforços no Conselho de Segurança da ONU para encontrar uma solução para o conflito.

Relativamente à próxima visita a Moscovo do líder palestiniano, Mahmoud Abbas, Peskov não deu uma data específica, mas confirmou que ocorrerá em breve.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, reiterou hoje que a Rússia está a apelar a um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas e “a retomada das negociações para a criação de um Estado palestiniano independente, que lhes foi prometido há quase 75 anos”.

O embaixador de Israel na Rússia, Ben Zvi, declarou que a operação terrestre na Faixa de Gaza “começará de surpresa”.

Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza, depois de um ataque do movimento islamita em 07 de outubro – que incluiu o lançamento de foguetes e a incursão de mais de mil milicianos -, que deixou mais de 1.400 mortos, 5.000 feridos, e ainda 220 reféns.

Desde então, Israel tem respondido com bombardeamentos constantes e ataques terrestres pontuais que já causaram mais de 6.500 mortos e 17.000 feridos no lado palestiniano.